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Mapeamento cortical da fala com o paciente acordado: optimização para ressecção de lesões intracranianas localizadas próximas a área da fala

OBJETIVO: O presente estudo visa discutir as vantagens e as limitacões do uso da técnica de mapeamento cortical da área da fala com o paciente acordado. MÉTODO: esta é uma revisão retrospectiva dos casos em que foi realizado monitoramento cortical intraoperatório em cirurgias para ressecção de lesões intracranianas localizadas próximas à área da fala. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação neuropsicológica no pré e intra-operatório. O grau das ressecções foi verificado através de exames de imagem pós-operatórios. Foram avaliados um total de 12 pacientes. Destes, 6 eram do sexo masculino e 6 do feminino. RESULTADOS: 7 lesões eram tumorais. A ressecção total foi atingida em 66% e ressecção subtotal nos remanescentes. Apenas 1 paciente apresentou déficit motor permanente no pós-operatório e todos os pacientes com quadro prévio de epilepsia refratária obtiveram bom controle das crises no pós-operatório. Em nenhum caso houve necessidade de conversão da anestesia para geral. CONCLUSÃO: O mapeamento funcional intraoperatório na craniotomia com o paciente acordado otimiza a extensão da ressecção da lesão minimizando morbidade permanente. Esta é uma técnica eficaz no manejo de lesões em íntimo contato com o córtex eloqüente, que outrora, seriam designadas inoperáveis.

mapeamento cortical; craniotomia acordado; tumor; área da fala


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