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Análises de livros

Análises de livros

EVOLUTION OF THE FOREBRAIN. PHYLOGENESIS AND ONTOGENESIS OF THE FOREBRAIN. R. Hassler e H. Stephan, editores. Um volume (17x24) com 464 páginas e 295 figuras. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1966.

Este livro contém trabalhos apresentados a simpósio patrocinado pela Federação Mundial de Neurologia e realizado em Frankfurt, entre 15 e 19 de agosto de 1965, no qual 86 especialistas de 17 países relataram suas pesquisas e confrontaram seus resultados no tocante ao desenvolvimento onto e filogênico do cérebro. Entre os assuntos discutidos figuram princípios gerais da evolução, morfologia do cérebro e paleoneurologia, anatomia comparada do cérebro dos vertebrados superiores e inferiores, ontogênese, citogênese e corticogênese, alterações histoquímicas inerentes ao desenvolvimento, gênese do diencéfalo e dos ganglios basais, desenvolvimento de sistemas funcionais. Várias contribuições de alto gabarito mostram que o emprego de métodos modernos (microscopia eletrônica, auto-radiografia) abriu novos rumos para pesquisas no que se refere ao desenvolvimento do cérebro, deixando entrever que certas idéias mantidas até recentemente sobre a cito e mieloarquitetura cerebral deverão ser reformuladas. Embora a maioria dos pesquisadores tenha usado animais, dando ênfase à filogenia, alguns trabalhos importantes se referem a estudos em cérebros humanos: O desenvolvimento da formação hipocampal no homem correlacionado com alguns aspectos de sua história filogênica (T. Humphrey, Birmingham, U.S.A.); Desenvolvimento embrionário e pós-embrionário dos neurônios do córtex cerebral humano (G. I. Poliakov, Moscou); Desenvolvimento do globo pálido e do corpo subtalâmico no homem (E. Richter, Hamburgo); Desenvolvimento do diencéfalo humano (F. Reinoso-Suarez, Pamplona); Sobre o desenvolvimento ontogênico das áreas corticais de Brodmann (W. Kahle, Würzburg). Três trabalhos analisam os princípios gerais do desenvolvimento do cérebro humano: Regras do desenvolvimento filogenético dos órgãos (A. Remane, Kiel); Principios do desenvolvimento cerebral — introversão e prominação — e formação de impressões na tábua interna do crânio (H. Spatz, Frankfurt); Princípios do desenvolvimento do córtex cerebral humano (H. Graefin Vitzthum e F. Sanides, Frankfurt).

O neurologista clinico que está apresentando este livro aos especialistas brasileiros não tem competência para avaliar o mérito intrínseco de muitos dos trabalhos nêle contido. Pode, entretanto, afirmar que impressionam muito favoravelmente a concisão dos redatores (numerosos trabalhos foram resumidos pelos autores para atender ao pequeno espaço que lhes foi concedido pelos editores), a grande e nítida documentação, os resultados obtidos com as técnicas modernas de pesquisa e as conclusões, todas bem fundamentadas, algumas das quais certamente contituirão bases para novos estudos seguindo rumos diversos dos classicamente estabelecidos. Mesmo do ponto de vista do neurologista clínico, alguns trabalhos poderão ser passíveis de aplicações práticas imediatas. É o caso, entre outros, do trabalho de P. D. MacLean, de Bethesda (Filogenia das relações entre o córtex visual e o giro límbico: novos pontos de vista proporcionados por estudos anatômicos e eletrofisiológicos), demonstrando, mediante a associação de estudo eletrofisiológico (excitações fóticas e microeletrodos aplicados estereotàxicamente) com minuciosos exames eletromicroscópico das regiões visadas, a existência de conexões entre a parte posterior do giro límbico e o córtex da área calcarina, conexões estas importantes e, nos primatas, talvez mais importantes que as conexões do lobo límbico com o córtex auditivo.

Além de tudo, é preciso ressaltar que o simpósio cujos resultados são publicados neste livro foi coordenado e dirigido por Elizabeth C. Crosby (Ann Harbor) e Hugo Spatz (Frankfurt), nomes de alta ressonância nas ciências básicas neuro-morfológicas e que, por si só, garantem a solidez do conteúdo. Dos 42 trabalhos, 27 são escritos em inglês, 11 em alemão e 4 em francês, mas todos têm um resumo final em inglês. Índice remissivo final facilita a consulta. A impressão tipográfica e a clichetagem são esmeradas. Trata-se, pois, de livro que deve figurar em todas as bibliotecas de Institutos e Escolas Neurológicas, ao alcance dos que se preocupam com as modificações estruturais e funcionais do cérebro durante seu desenvolvimento.

O. Lange

FUNCTIONAL NEUROANATOMY. Wendell J. S. Krieg. Um volume (19,5x27) com 874 páginas e 429 figuras. Terceira edição. Brain Books, Box Nine, Evanston (Illinois), U.S.A., 1966.

Considerando que a neuranatomia é mais facilmente aprendida mediante o uso de ilustrações do que pela leitura de textos e, na maior parte dos assuntos, melhor por diagramas e figuras interpretativas do que por fotografias, Wendell J. S. Krieg, professor de Anatomia na Northwestern University Medicai Sehool, vem, há longos anos, desenhando tudo o que vê mediante dissecção e exame histológico do sistema nervoso normal para selecionar material para fins didáticos. Mais do que simples desenhos, muitas de suas figuras representam utilíssimas esquematizações baseadas em estudos pessoais, sendo de particular interesse as que mostram detalhes anatômicos em projeções pluridimensionais que facilitam a compreensão das conexões e as relações das diferentes partes do sistema nervoso entre si. Seu livro — Functional Neuroanatomy — editado em 1942 e reeditado com acréscimos em 1953, é bastante conhecido pela maioria dos neurologistas e de todos os que têm qualquer parcela de responsabilidade no ensino da neuranatomia, pois é obra de consulta obrigatória quando se faz necessário o conhecimento exato das projeções tridimensionais das estruturas do sistema nervoso central. A terceira edição, publicada em 1966, representa o coroamento do trabalho ao qual o autor vem se dedicando há mais de 30 anos. Esta edição está fartamente enriquecida mediante a inclusão de novos desenhos e a revisão de certos detalhes à luz de conhecimentos adquiridos nestes 15 últimos anos. Com suas 429 figuras e mais o opúsculo em tricomia que o acompanha, este livro confirma o princípio que norteou o trabalho de seu autor, isto é, que a neuratomia pode ser aprendida primariamente nas figuras e, secundariamente, no texto.

Parte importante que foi acrescida é constituída por um capítulo novo — Transition to Clinicai Neurology — no qual o autor, em 36 páginas, mostra como relacionar, já nos primeiros anos do curso médico pré-graduado, os dados puramente anatômicos com elementos clínicos de modo a atrair o interesse dos alunos, levando-os a dedicar maior esforço ao estudo dos elementos básicos sem os quais a Neurologia Clínica é difícil e, por vezes, incompreensível. Este capítulo merece ser lido por todos os docentes de Neurologia, muitos dos quais, embora convictos de que tal correlação deva ser feita já nos primeiros anos do curso médico normal, na realidade muitas vezes não sabem o que devem dizer aos estudantes e, então, ministram noções desprovidas de interesse ou abordam assuntos por demais complexos, só acessíveis a especialistas. Neste capítulo da Functional Neuroanatomy os docentes e instrutores encarregados, primacialmente, de despertar nos segundanistas os primeiros entusiasmos pela Neurologia, encontrarão um guia seguro para, de acordo com suas tendências pessoais e cum grano salis, selecionar tanto o que deve ser dito como a documentação a ser apresentada.

Também os neurologistas, mesmo os que julguem ter boas bases de neuranatomia, terão neste livro sólido esteio para novos estudos e para eventuais recapitulações. Neste sentido serão úteis as séries de desenhos de secções progressivas do sistema nervoso central em planos transversais, assim como os esquemas pluridimensionais de subsistemas considerados isoladamente ou em conjunção com estruturas adjacentes. Para os que desejarem ainda maiores detalhes foram incluídas, nesta edição, minuciosas referências bibliográficas incluindo as mais recentes aquisições da Neuranatomia, muito bem distribuídas por assuntos e regiões. Extenso índice remissivo final completa este livro, útil e precioso para o estudo e indispensável para consultas de qualquer ordem em matéria de Neuranatomia.

O. Lange

DIAGNOSTIC NEURORADIOLOGY. J. M. TaveraS e E. H. WOOD. Um volume (20X27) com 1960 páginas e 722 ilustrações. The William & Wilkins Co., Baltimore, 1964.

Desde que, há perto de 50 anos, Dandy iniciou a prática da pneumoventriculografia, a neuro-radiologia vem assumindo posição de destaque como base para o diagnóstico neurológico clinico e cirúrgico. Este livro de Taveras e Wood, que reúne tudo o que se pode desejar de atualizado neste sentido, é dividido em quatro partes principais: radiografia simples do crânio, pneumografia, angiografia, radiologia simples da coluna vertebral e contrastada do canal raqueano. Na primeira os autores fazem estudo sistemático da radiologia normal, seguindo-se as alterações congênitas, as osteólises e as calcificações intracranianas. No capítulo referente à pneumencefalografia são incluídos os métodos e técnicas para estudo dos ventrículos encefálicos normais e patológicos, tanto nos processos supra e como nos infratentoriais. A angiografia cerebral é amplamente revisada, sendo considerados tanto os desvios vasculares e as retenções de contraste produzidas por tumores, como a patologia própria das artérias e veias do encéfalo. As hemorragias subaracnóideas e suas causas são estudadas de maneira didática, mediante cuidadosa seleção de casos permitindo visibilização da maioria dos vasos intracranianos. A via braquial é considerada de escolha para o estudo das origens dos vasos cerebrais. Na quarta parte, tratando do diagnóstico das moléstias da coluna vertebral e dos processos intra-raqueanos, são repassados todos os recursos, desde a radiografia simples até a mielografia e a venografia, merecendo especial atenção dos autores a análise da metodologia que determina a escolha do recurso mais indicado para cada caso no tocante ao diagnóstico radiológico. O capítulo referente aos traumatismos cranencefálicos, naturalmente restrito ao exame radiológico, estuda as lesões imediatas e mediatas pós-traumáticas, assim como as principais seqüelas que podem ocorrer. Trata-se, sem dúvida, de um livro de grande interesse, composto com base na grande experiência pessoal dos autores e fartamente documentado, que representa notável contribuição para o diagnóstico das afecções do sistema nervoso central e seus envoltórios.

O. Ricciardi-Cruz

BRAIN AND CONSCIOUS EXPERIENCE. John C. Eccles, editor. Um volume (16x25) com 591 páginas e 147 ilustrações. Springer Verlag, Berlin-Heidelberg-New York, 1966.

Procurando esclarecer o mecanismo da funcionalidade cerebral especialmente no que tange aos estados de consciência e à dinâmica da intelectualidade, reuniram-se em Roma, sob os auspícios da Pontifícia Academia de Ciências, entre 28 de setembro e 4 de outubro de 1964, cientistas de alto gabarito que, sob a direção de Sir John Eccles, apresentaram seus resultados e suas idéias. Este livro contém os 21 trabalhos que foram apresentados e amplamente discutidos por pesquisadores que usaram diferentes métodos de abordagem, sendo os resultados analisados sob aspectos psicossomáticos, psíquicos, psicológicos e filosóficos muito diversos. Assim, cada leitor terá material para comentários e divagações personalíssimas, de acordo com suas próprias tendências. De modo geral o programa desta semana de estudos teve fundamento predominantemente fisiológico e, por isso, o livro tem aspectos realísticos e organicistas que interessam sobremodo os neurologistas, sejam clínicos ou cultores de ciências básicas. O simples enunciado dos títulos dos trabalhos e o renome de seus autores dará idéia do valor deste livro como guia para alta especialização e para a implantação de novas conceituações em Neurologia.

Sucessivamente são apresentados estudos sobre: Representação estrutural do neocórtex (M. L. Colonnier), Mecanismos sinápticos cerebrais (John C. Eccles), Estrutura e função do arquicórtex (P. O. Andersen), Réplica neural dos eventos sômato-sensoriais (V. B. Mountcastle), Mecanismos sensoriais na percepção (R. Gra-nit), Transmissão de informações no sistema visual (O. Creutzfeldt e col.), Estimulação cerebral e experiência consciente (B. Libet), Percepção após traumatismos cerebrais (H. L. Teuber), Atividade cortical na percepção e na elaboração da palavra (W. Penfield), Estados de consciência (E. D. Adrian), Mecanismos cerebrais e estados de consciência (H. H. Jasper), Correlações neurofisiológicas da unidade mental (F. Bremer), Bisecção cerebral e consciência (R. W. Sperry), Experiência consciente e memória (John C. Eccles), Significação funcional do sono para os mecanismos cerebrais (G. Moruzzi), Fisiologia da área motora pré-central (C. G. Phillips), Controle consciente da ação (D. M. MacKay), Problemas da consciência (A. O. Gomes), Etologia e consciência (W. H. Thorpe), Dopamina e neurotransmissão central (C. Heymans e A. Schaepdryver), Problemas psicossomáticos (H. Schaeffer). Cada trabalho foi amplamente discutido em separado e, ao final, o coordenador promoveu uma discussão geral. Terminam o livro preciosas considerações de H. L. Teuber, professor de Psicologia (Boston, U.S.A.), sobre as convergências, as divergências e as lacunas da funcionalidade cerebral no seu todo que ocorrem após lesões focais, sugerindo a interação de mecanismos gerais e difusos na dinâmica da percepção e na manutenção da consciência.

O. Lange

NERVE AS A TISSUE. Kaare Rodahl, e Bela Issekutz Jr., editores. Um volume (16X23) com 470 páginas e 138 ilustrações. Harper & Row Publishers Inc., Hoeber Medicai Division, New York-Evanston-London, 1966.

Este livro contém trabalhos apresentados numa conferência internacional de pesquisadores e clínicos, realizada no Hospital Lankenau (Philadelphia), em novembro de 1964, com o propósito de focalizar aspectos de pesquisas básicas de significância para a compreensão do funcionamento do sistema nervoso central em condições normais e patológicas. Assim, foi feito um esforço no sentido de dar às ciências neurológicas básicas uma oportunidade para mostrar aspectos aplicáveis às necessidades da Neurologia Clínica. Os trabalhos foram distribuídos em 4 secções: morfologia, fisiologia e farmacologia, bioquímica, patofisiologia. A primeira contém 4 trabalhos — Papel da neuroglia na organização do sistema nervoso central (S. L. Palay), Problemas da estrutura de membranas e das relações de contato (J. D. Robertson), Microscopia eletrônica das junções mioneurais envolvidas nos processos de transmissão (G. D. Pappas), Complexos sinápticos e vesículas sinápticas como unidades estruturais e bioquímicas (E. De Robertis) — que analisam os fundamentos morfológicos e bioquímicos da transmissão do impulso nervoso. Na secção relativa à bioquímica foram incluídos 5 trabalhos — Fatores químicos controladores da permeabilidade das membranas celulares durante a atividade elétrica (D. Nachmansohn), Metabolismo energético das células nervosas (O. H. Lowry), Biossíntese dos fosfolípides e esfingolípides (R. J. Rossiter), Armazenamento e metabolismo dos neurotransmissores (H. Weil-Malherbe). A sinapse como unidade bioquímica autoorganizada (E. Roberts) — que analisam os fenômenos químicos que ocorrem antes, durante e depois da passagem do impulso nervoso. A complementação desta parte é feita pelos trabalhos seguintes (Fisiologia e Farmacologia): Termodinâmica do nervo e dos processos neuronais (R. D. Keynes e J. M. Richtie), Ação de certos compostos amoniacais quaternários na transmissão neuromuscular (W. L. Nastuck e A. J. Gissen), Farmacologia da transmissão sináptica (D. R. Curtis), O impulso nervoso (K. S. Kole). Para os clínicos a última parte do livro é a mais importante. Depois de uma apreciação geral — O tecido e o órgão — feita por F. Bremer sobre as mais recentes aquisições no campo da pesquisa pura para o esclarecimento das propriedades do tecido nervoso e suas aplicações às atividades operacionais motoras e sensoriais, foram apresentados dois trabalhos com implicações clinicas evidentes e imediatas. No primeiro, Arthur Ward Jr. estuda, em animais e no homem, com métodos delicados e técnica apurada, a morfologia do neurônio hiperexcitável que determina descargas elétricas anormais e, clinicamente, manifestações epilépticas. No outro, Dan ElmqVist procura demonstrar que, na miastenia, o defeito básico reside em um déficit na liberação de acetilcolina. No último trabalho — A nova Biologia e a Clínica — R. B. Richter procura salientar os resultados já obtidos no campo das pesquisas laboratoriais e experimentais que podem influenciar mais significantemente os progressos da Neurologia Clínica. Para o neurologista que procura aprofundar seus conhecimentos básicos é de grande valor a leitura das discussões provocadas por estes trabalhos, discussões nas quais o alvo principal foi a tentativa de ajustamento de conhecimentos para o progresso da ciência neurológica, no sentido de diminuir o espaço vazio, por vezes bem largo e aparentemente intransponível, entre os resultados da pesquisa pura e os achados clínicos. Como fêcho, este livro oferece um comentário de Sir John Eccles — Considerações sobre a estratégia das pesquisas neurofisiológicas — no qual a grande experiência do autor serve de base para preciosos ensinamentos e conselhos para os que pretendem dedicar-se à Neurofisiologia.

O. Lange

BASIC IDEAS IN NEUROPHYSIOLOGY. Tristan D. M. Roberts. Um volume (13,5x21,5) com 108 páginas e 15 figuras. Butterworth & Co. Ltd., London, 19S6.

Os compêndios e trabalhos especializados versando sobre Neurofisiologia, por premência de espaço ou porque seus autores considerem que os leitores devam ter base suficiente, nem sempre contêm detalhes que facilitem, a pessoas não versadas na matéria, a compreensão dos dados expostos. Os que devem estudar tais assuntos freqüentemente são obrigados a interromper a leitura de textos para consultar técnicos habilitados a respeito de determinados pormenores ou para estudar, em fontes mais acessíveis, detalhes sem os quais não podem alcançar certas sutilezas da moderna Neurofisiologia, altamente especializada. Foi considerando as dificuldades encontradas pelos neófitos — e neófitos, diremos nós, não são apenas os estudantes de Medicina para os quais o livro foi expressamente dedicado, mas, também, a grande maioria dos neurologistas clínicos — que Tristan D. M. Roberts, instrutor de Fisiologia na Universidade de Glasgow, escreveu este pequeno opúsculo no qual explica coisas menores que às vezes os neurologistas não conhecem bem, simplesmente por não perguntarem aos que as conhecem para não mostrar que as ignoram. O autor se preocupou apenas com detalhes ligados à neurofisiologia da dinâmica motora, dissertando, sucessivamente, sobre conceitos neurofisiológicos básicos e terminologia, propriedades mecânicas dos músculos esqueléticos, atividade elétrica dos nervos e músculos (potencial de mebrana, potencial de ação, métodos de ativação, propagação intracelular, transmissão do nervo para o músculo), tipos de informações veiculadas pelos impulsos nervosos (inicio dos impulsos nas sinapses, início nos órgãos sensitivos, discriminação sensitiva), morfologia e fisiologia do fuso muscular e reflexos de estiramento. Conhecida a predileção da Escola Neurológica Inglêsa pela Neurofisiologia, é evidente o valor deste livro como fonte de aprendizagem de conhecimentos básicos. Além de tudo, o autor teve o cuidado de complementar o opúsculo com referências a fontes para estudos mais aprofundados, indicadas por ordem de assunto, e com minucioso índice remissivo para facilitar as consultas.

O. Lange

Livros recebidos

nota da Redação — A notificação dos livros recentemente recebidos não importa em compromisso da Redação da revista quanto à publicação ulterior de uma apreciação. Todos os livros recebidos são arquivados na biblioteca do Serviço de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

  • ELEKTROENCEPHALOGRAPHIE IN KLINIK UND PRAXIS. Johann Kugler. Um volume (17x24) com 203 páginas e 96 figuras. Segunda ediçăo aumentada e melhorada. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1966.
  • FUNDAMENTOS DE NEUROLOGIA CLÍNICA. Samuel Brock e Howard P. Krieger. Um volume (16x24) com 718 páginas e 122 figuras. Versăo espanhola da 4Ş ediçăo original. Editorial JIMS, Barcelona, 1966.
  • PSICOANALISIS DE LA MANIA Y LA PSICOPATIA. A. Rascovsky e D. Liberman. Um volume (16x23) com 415 páginas. Editorial Paidós, Buenos Aires, 1966.
  • PSYCHIATRISCHE FEHLDIAGNOSEN IN DER ALLGEMEINPRAXIS. H. J. Weitbrecht. Um volume (15x23) com 251 páginas e 3 tabelas. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1966.
  • EVOLUTION OF THE FOREBRAIN. PHYLOGENESIS AND ONTOGENESIS OF THE FOREBRAIN. R. Hassler e H. Stephan, editores. Um volume (17X24) com 464 páginas e 295 figuras. Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1966. Preço: DM 96.
  • FUNCTIONAL NEUROANATOMY. Wendell J. S. Krieg. Um volume (19,5X27) com 874 páginas e 429 figuras. Terceira ediçăo, 1966. Brain Books, Box Nine, Evanston (Illinois), U.S.A. Preço: US$ 14.00.
  • PHARMAKOLOGIE DER PSYCHOPHARMAKA. F. Th. von Brueke e O. Hornykiewicz. Um volume (16x24) com 136 páginas. Springer Verlag, Berlin-Heidelberg-New York, 1966. Preço: DM 28,
  • NERVE AS A TISSUE. Kaare Rodahl e Bela Issekutz Jr., editores. Um volume (16x23) com 470 páginas e 138 ilustraçőes. Harper & Row Publishers Inc., New York, 1966. Preço: US$ 18.50.
  • BASIC IDEAS IN NEUROPHYSIOLOGY. Tristan D. M. Roberts. Um volume (13,5x21,5) com 108 páginas e 15 figuras. Butterworth & Co. (Publishers) Ltd., London, 1966. Preço: 25s.
  • CONDITIO HUMANA. Walter von Baeyer e Richard M. Griffith, editores. Um volume (15,5x23,5) com 337 páginas, contendo 21 trabalhos em homenagem ao Dr. Erwin W. Straus pelo seu 75ş aniversário. Springer Verlag, Berlin-Heidelberg-New York, 1966. Preço: DM 58,
  • BRAIN AND CONSCIOUS EXPERIENCE. John E. Eccles, editor. Um volume (16x25) com 591 páginas e 147 ilustraçőes. Springer Verlag, Berlin-Heidelberg-New York, 1966. Preço: DM 67,

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Maio 2013
  • Data do Fascículo
    Mar 1967
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