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Funções cognitiva, síndromes epilépticas e drogas antiepilépticas

Função cognitiva de placientes em monoterapia específica para síndrome epiléptica tem sido pouco avaliada. Estudamos: 7 pacientes com epilepsias localizadas sintomáticas (SEL) utilizando fenitoína, com 30±12 (média ± desvio padrão) anos de idade; 8 com epilepsias generalizadas idiopáticas utilizando valproato de sódio, com 18±4 anos; 16 com SEL utilizando carbamazepina, com 28±11 anos; 35 controles sadios, com 27±11 anos. Todos tinham inteligência normal, educação apropriada para a idade e vidas produtivas na sociedade. Dois dos pacientes utilizando carbamazepina e um valproato de sódio tinham menos de 5 crises parciais, de ausência ou mioclônicas ao mês. Os outros pacientes tinham crises controladas há mais de 6 meses. As concentrações séricas de carbamazepina, fenitoína e valproato de sódio foram 12±5, 23±7 e 62±23 ug/ml. Os testes incluíram memória e reconhecimento imediato e tardio de figuras e Stroop. Pacientes do grupo de fenitoína e valproato tiveram performance pior que controles em memória imediata; o grupo de carbamazepina foi pior que controles no teste de Stroop (p<0.01). Os resultados indicam efeitos discretos das síndromes epilépticas, de fenitoína, carbamazepina e valproato de sódio na cognição de pacientes com epilepsia eminentemente controlada e vida produtiva na comunidade. O déficit de pacientes com epilepsia crônica sob regimes politerapêuticos deve ser multifatorial. Estudos futuros devem controlar, em seu planejamento, fatores causais possíveis para que seus resultados sejam relevantes.

epilepsia; desordens cognitivas; neuropsicologia; fenitoína; carbamazepina; valproato de sódio


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