A cisticercose é uma das doenças parasitárias mais frequentes do sistema nervoso humano e constitui grave problema de saúde pública na maioria dos países em desenvolvimento. As manifestações clínicas da neurocisticercose (NCC) estão na dependência do número, tipo, localização e estágio de desenvolvimento dos cisticercos, assim como da resposta imunológica do hospedeiro contra o parasita. O diagnóstico da NCC é baseado nos exames de neuroimagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética) e na detecção de antígenos/anticorpos no soro e no líquido cefalorraquiano. O tratamento antiparasitário tem sido marcado por uma intensa controvérsia. Os ensaios controlados e randomizados avaliando os benefícios clínicos da terapêutica têm revelado dados conflitantes em que alguns estudos indicam um benefício e outros não. As estratégias de prevenção devem ser fundamentadas na adoção simultânea de múltiplas medidas, adaptadas às características específicas de uma determinada região endêmica.