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Revolucionando a doença de Alzheimer precoce e o diagnóstico de comprometimento cognitivo leve: uma metanálise de aprendizagem profunda por ressonância magnética

Resumo

Antecedentes

O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer (DA) e do comprometimento cognitivo leve (CCL) continua sendo um desafio significativo na neurologia, com métodos convencionais frequentemente limitados pela subjetividade e variabilidade na interpretação. A integração da aprendizagem profunda com a inteligência artificial (IA) na análise de imagens de ressonância magnética surge como uma abordagem transformadora, oferecendo o potencial para insights diagnósticos imparciais e altamente precisos.

Objetivo

Uma metanálise foi projetada para analisar a precisão diagnóstica do aprendizado profundo de imagens de ressonância magnética em modelos de DA e CCL.

Métodos

Uma metanálise foi realizada nos bancos de dados das bibliotecas PubMed, Embase e Cochrane seguindo as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), com foco na precisão diagnóstica do aprendizado profundo. Posteriormente, a qualidade metodológica foi avaliada por meio do checklist QUADAS-2. Medidas diagnósticas, incluindo sensibilidade, especificidade, razões de verossimilhança, razão de chances diagnósticas e área sob a curva característica de operação do receptor (area under the receiver operating characteristic curve [AUROC]) foram analisadas, juntamente com análises de subgrupo para ressonância magnética ponderada em T1 e não ponderada em T1.

Resultados

Um total de 18 estudos elegíveis foram identificados. O coeficiente de correlação de Spearman foi de -0,6506. A metanálise mostrou que a sensibilidade e a especificidade combinadas, a razão de verossimilhança positiva, a razão de verossimilhança negativa e a razão de chances de diagnóstico foram 0,84, 0,86, 6,0, 0,19 e 32, respectivamente. A AUROC foi de 0,92. O ponto quiescente do resumo hierárquico da característica de operação do receptor (hierarchical summary of receiver operating characteristic [HSROC]) foi 3,463. Notavelmente, as imagens de 12 estudos foram adquiridas apenas por ressonância magnética ponderada em T1, e as dos outros 6 foram obtidas apenas por ressonância magnética não ponderada em T1.

Conclusão

Em geral, a aprendizagem profunda da ressonância magnética para o diagnóstico de DA e CCL mostrou boa sensibilidade e especificidade e contribuiu para melhorar a precisão diagnóstica.

Palavras-chave
Doença de Alzheimer; Disfunção Cognitiva; Imageamento por Ressonância Magnética; Aprendizado Profundo; Metanálise

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