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Potencial evocado auditivo: aplicação em neurologia

Potencial evocado auditivo (PEA) de curta latência é o conjunto de ondas elétricas registradas no couro cabeludo durante os primeiros dez milisegundos após estimulação auditiva padronizada. Este exame exige um computador que realize a promediação, isto é, que tenha capacidade de registrar a média das respostas e excluir os ruídos (EEG, artefatos musculares e de movimentos). As ondas resultantes são denominadas de I a VII e, provavelmente, representam a ativação do nervo acústico (onda I), núcleos cocleares (onda II), complexo olivar superior (onda III), trato e núcleo do lemnisco lateral (onda IV), colículos inferiores (onda V), corpo geniculado medial (onda VI) e radiação auditiva para o lobo temporal (onda VII). As ondas I, III e V (nervo acústico, ponte e mesencéfalo) são as ondas mais proeminentes e fidedignas. As ondas VI e VII, pela variabilidade, não são úteis na interpretação clínica do teste. O PEA é indicado na avaliação de doenças que potencialmente acometem o tronco cerebral, assim permitindo o estudo de comas, esclerose múltipla, tumores de fossa posterior e outras patologias. Lesões sub-clínicas com exames radiológicos normais (incluindo tomografia computadorizada) podem ser reveladas pelo PEA. O valor diagnóstico do PEA tem também sido mostrado na avaliação de patologias neurológicas em recém-nascidos.


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