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Distonia laríngea

CORRESPONDÊNCIA

DISTONIA LARÍNGEA

O estudo de Teive et al.1 publicado recentemente neste periódico é de excelente nível e mostra bons resultados obtidos no tratamento da distonia laríngea com toxina botulínica através da técnica de injeção percutânea da droga com auxílio de registro eletromiográfico. Porém, cabe assinalar a título de informação que o mesmo procedimento pode ser executado através de outra técnica que consiste na injeção transcutânea da droga visando a atingir o complexo muscular paraglótico (feixe interno e externo do músculo tireoaritenóide) sem registro eletromiográfico, mas com monitoração por videolaringoscopia por fibra óptica. Esta técnica, proposta por Green et al.2 , consiste na abordagem do músculo tireoaritenóideo através da cartilagem tireóide é denominada "point-touch tecnique" e foi utilizada em relato pioneiro em nosso meio por Tsuji et al.3 com excelente resultado, confirmado na experiência subsequente destes autores.

REFERÊNCIAS

1. Teive HAG, Scola RH, Werneck LC, et al. O uso da toxina botulínica em distonia laríngea (disfonia espasmódica). Arq Neuropsiquiatr 2001;59:97-100.

2. Green DC, Berke GS. Ward PH, Gerratt BR. Point-touch tecnique of botullinum toxin injection for the treatment of spasmodic dysphonia. Ann Otol Rhinol Laryngol 1992;101:883-887.

3. Tsuji DH, Pinho SMR, Barbosa ER, Miniti A. Injeção da toxina botulínica no tratamento da disfonia espástica sem monitoração eletromiográfica: relato preliminar. Rev Bras Otorrinolaringol 1994;60:145-148.

Egberto Reis Barbosa

Clínica Neurológica, Hospital das Clínicas,

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

RESPOSTA DOS AUTORES

Foi com grande satisfação que recebi a carta do Professor Egberto Reis Barbosa, livre docente em Neurologia da FMUSP, tecendo considerações sobre o artigo recentemente publicado em Arquivos de Neuropsiquiatria1.

O Professor Egberto R. Barbosa comenta o relato preliminar, pioneiro em nosso meio, de Tsuji et al.2 sobre a utilização de toxina botulínica para tratamento de disfonia espástica, através da técnica denominada " Point-Touch Technique", com o uso de videolaringoscopia, publicado em 1994 na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia.

O estudo em questão, agora revisado por mim e colegas, descreve os excelentes resultados do uso de toxina botulínica, sem a utilização de eletromiografia, em uma paciente de 65 anos de idade com disfonia espástica do tipo de adução.

Acreditamos que os dois métodos, com monitorização eletromiográfica e com videolaringoscopia por fibra óptica são importantes, com resultados terapêuticos muito semelhantes e a escolha deve ser baseada na experiência pessoal de cada grupo, bem como na infra-estrutura particular de cada serviço.

A não menção do artigo de Tsuji et al. em nosso trabalho se deve basicamente ao fato da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia não estar indexada no Index Medicus, somente no latino americano (LILACS).

Agradeço os comentários construtivos do Professor Egberto R. Barbosa e peço desculpas pela omissão involuntária do artigo em questão.

REFERÊNCIAS

1. Teive HAG, Scola RH, Werneck LC, er al. O uso de toxina botulínica em distonia laríngea (disfonia espasmódica). Arq Neuropsiquiatr 2001;59:97-100.

2. Tsuji DH, Pinho SMR, Barbosa ER, Miniti A. Injeção da toxina botulínica no tratamento da disfonia espástica sem monitorização eletromiográfica: relato preliminar. Rev Bras Otorrinolaringol 1994;60 :145-148.

Hélio A.G. Teive

Setor de Distúrbios do Movimento, Serviço de Neurologia,

Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná

Publication Dates

  • Publication in this collection
    05 Oct 2001
  • Date of issue
    Sept 2001
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