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O teste dos cubos de Kohs como importante instrumento para investigar as alterações visuo-espaciais da distrofia miotônica: I. Análise quantitativa e qualitativa

Foram avaliados 39 casos de distrofia miotônica a partir do desempenho no teste dos cubos de Kohs. Havia 21 casos femininos e 18 masculinos, idade variando de 9 a 70 anos e diferentes níveis educacionais (do primário ao superior). Alguns encontravam-se ativos profissionalmente, enquanto outros nunca exerceram uma ocupação profissional. Os pacientes denotaram considerável dificuldade na execução deste teste que é instrumento que se apresenta fundamentalmente por reprodução de figuras. Houve casos que construíram figuras com formas bem diferentes dos desenhos apresentados. O desempenho foi insuficiente em 71,4 % dos casos, os quais não conseguiram resolver 50% do teste. Muitas das reproduções fugiram ao padrão correto, traduzindo comprometimento visuo-espacial pela grave distorção em comparação com a figura modelo. Os níveis de análise e síntese estavam comprometidos de forma importante. Dentre os pacientes, 18 casos não alcançaram os 10 pontos, dos 133 possíveis, não realizando sequer 20% do teste. Os resultados comprovaram a sensibilidade deste teste em detectar comprometimento visuo-espacial na distrofia miotônica.

distrofia miotônica; testes psicológicos; cubos de Kohs; alterações visuo-espaciais


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