Foi feito um estudo do comportamento do líquido cefalorraquiano (LCR) na cisticercose encefálica, com base em 656 observações retiradas de um material constituído por 120.000 exames de pacientes neurológicos e psiquiátricos, reunidas em 35 anos de trabalho. Com base nos casos comprovados por necrópsia ou cirurgia foram descritas as alterações do LCR. O estudo consecutivo de amostras de LCR obtidas em anos sucessivos, durante o decurso da doença, mostrou a persistência das alterações em numerosos casos, mesmo depois de 4 a 18 anos de observação. A reação de fixação de complemento para cisticerco permaneceu positiva durante todos estes anos. Foram também apreciadas as modificações do LCR em casos de cisticercose sub-cutânea e do globo ocular e em casos com cisticercos calcificados no encéfalo.