OBJETIVO: Estudar a substância branca de pacientes com esclerose múltipla (EM) através de imagens de ressonância magnética (RM) por tensor de difusão (DTI). MÉTODO: Foram avaliados 40 pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de EM remitente-recorrente e quarenta controles pareados por idade e sexo, os quais foram submetidos à RM convencional e funcional (DTI). As seqüências de DTI resultaram em mapas de anisotropia fracionada (FA) e as regiões de interesse foram posicionadas nas placas, regiões peri-placas, substância branca aparentemente normal (SBAN) ao redor das placas, substância branca normal contra-lateral (SBNC) e substância branca normal do grupo controle (SBC). Os valores de FA foram comparados e a análise estatística foi realizada utilizando o teste Mann-Whitney U. RESULTADOS: A média de FA nas placas foi 0,268, nas regiões peri-placas 0,365, na SBAN 0,509, na SBNC 0,552 e na SBC 0,573. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos valores de FA nas placas, regiões peri-placas e na SBAN ao redor das placas quando comparados com a SBC. Não houve diferença entre os valores de FA na SBNC dos pacientes com EM e na SBC. CONCLUSÃO: Pacientes com EM demonstram diferença nos valores de FA nas placas, peri-placas e SBAN ao redor das placas quando comparados com a SBC. Assim, o DTI pode ser considerado mais eficiente do que as seqüências de ressonância magnética convencional no estudo dos pacientes com EM.
imagem por tensor de difusão; anisotropia fracionada; substância branca aparentemente normal; esclerose múltipla