Objetivo
Avaliar o perfil de utilização de fármacos antiepilépticos em uma população de pacientes adultos com epilepsia refratária atendidos em um centro terciário.
Método
Análises descritivas dos dados obtidos dos registros médicos de 112 pacientes. Também foram consideradas as características clínicas e demográficas.
Resultados
Foram prescritas politerapias com ≥3 antiepilépticos a 60,7% dos pacientes. Em relação aos fármacos de primeira geração, carbamazepina e clobazam foram os mais frequentemente prescritos (a 72,3% e 58,9% dos pacientes, respectivamente). Dentre os novos antiepilépticos, a lamotrigina foi o mais prescrito (36,6% dos pacientes). Ao menos um antiepiléptico de primeira geração foi encontrado em 103 das 104 politerapias; ao menos um novo antiepiléptico foi prescrito a 70,5% da população. A combinação mais prevalente foi carbamazepina+clobazan+lamotrigina. A carga média de antiepilépticos foi 3.3 (0.4 a 7.7).
Conclusão
O padrão de utilização de antiepilépticos, embora concordante com guias atuais, é fortemente influenciado pelo sistema público de saúde.
epilepsia; epilepsia refratária; fármacos antiepilépticos; politerapia; utilização de fármacos