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Impacto do tratamento cisticida no controle das crises epilépticas relacionadas a neurocisticercose

OBJETIVO: Avaliar as características e o controle das crises em pacientes com epilepsia associada à neurocisticercose. MÉTODO: Foram avaliados 18 pacientes tratados com albendazol ou praziquantel, com seguimento após tratamento variando de 3 meses a 12 anos. Todos pacientes tinham LCR, EEG interictal, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética de crânio. RESULTADOS: A idade média foi de 36,4 anos. O tempo de epilepsia foi em média 16,2 anos; 83% dos pacientes apresentavam crises parciais simples e 17%; crises parciais complexas. O EEG foi normal em 38%. Em apenas 28% dos pacientes houve relação entre alterações focais do EEG e a localização do cisto. Em relação ao LCR; 33% apresentavam pleiocitose, 28% hiperproteinorraquia e apenas 22% apresentavam imunologia positiva para cisticercose . Foi observada relação entre localização do cisto e semiologia das crises em todos os pacientes com crises de início sensitivo-motor e sensorial especial (n= 11). Após tratamento cisticida, 83% tiveram redução de pelo menos 50% das crises . CONCLUSÃO: Na epilepsia relacionada a neurocisticercose predominam crises parciais simples e observa-se relação entre crises sensitivo-motoras ou sensoriais especiais e localização do cisto. O tratamento cisticida deve ser considerado nos pacientes com crises parciais com semiologia relacionada à localização do cisto.

neurocisticercose; albendazol; praziquantel; crises parciais; tomografia computadorizada; EEG


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