São descritos 7 casos de crianças com síndrome de espancamento e complicações neurológicas. O quadro clínico inicial na maioria das vezes foi representado pela presença de convulsões e abaulamento de fontanela e ausência de fatores etiológicos evidentes da agressão. O exame clínico mostrando a presença de hemorragia retiniana, sem a presença de história clínica febril ou de outras alterações, foi o sinal mais importante na orientação do diagnóstico definitivo. A alteração tomográfica mais freqüente foi a presença de coleção subdural, porém uma tomografia cerebral aparentemente normal inicialmente não afasta o aparecimento de complicações neurológicas e alterações graves mais tardias. O mecanismo que instrumenta essas lesões difusas deve estar relacionado ao fator aceleração/desaceleração que provavelmente leva a distúrbios circulatórios importantes no momento da agressão, responsáveis últimos pelas imagens de destruição parenquimatosa e evolução clínica mais grave em alguns pacientes.