Foram estudadas informações obtidas do prontuário de 573 crianças com idade entre 1 mês e 15 anos e diagnóstico de meningite, internadas no Hospital Couto Maia, na cidade de Salvador-Bahia, no período de janeiro-1990 a dezembro-1992. Crises epilépticas, diminuição do nível de consciência e rigidez de nuca foram mais frequentes no grupo com meningite bacteriana. Glicorraquia menor que 45 mg/dL, proteinorraquia igual ou superior a 140 mg/dL e celularidade liquórica superior a 600 cels/mm³ mostraram-se preditores de meningite piogênica. A análise da curva ROC foi utilizada para estabelecer o melhor ponto de corte nas medidas liquóricas de celularidade, proteínas e glicose capaz de predizer meningite bacteriana. Os resultados encontrados enfatizam que informações clínicas, obtidas com a anamnese e o exame neurológico, e liquóricas simples, definidas pelos níveis de proteína, glicose e análise da celularidade, podem ser utilizadas como medidas de grande acurácia para diferenciar meningite piogênica de asséptica em crianças.
meningite; meningite aguda; crianças; diagnóstico; meningite asséptica; meningite piogênica