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Serviço de neurologia da faculdade de medicina da universidade de S. Paulo (Prof. A. Tolosa)

REUNIÕES CIENTÍFICAS

Serviço de neurologia da faculdade de medicina da universidade de S. Paulo (Prof. A. Tolosa)

Reunião realizada em 4 de Maio de 1943

Observações clínicas:

1) Caso A. C. (7.788) Hemiplegia esquerda, aortite sifilítica, insuficiência cardíaca. Grandes melhorias pelo tratamento arseno-bismútico. Dr. J. A. Caetano da Silva Jor.

2) Caso A. P. (7.283) Tabo-paralisia e hemiplegia direita. Malarização com pequenos resultados terapêuticos. Dr. V. Venturi.

3) Caso A. F. (7.787) Hemiplegia direita, afasia, arterio esclerose generalizada e provavelmente cerebral. Dr. A. Lefèvre.

4) Caso M. L. (7.576) Psico-neurose. Dr. Lamartine de Assis.

5) Caso D. P. (7.790) Hemiplegia direita e distúrbios da linguagem interior. Dr. J. A. Caetano da Silva Jor.

6) Caso D. T. (7.699) Síndrome vegetativa no hemicorpo direito, siringomielia, mielodisplasia. Dr. O. F. Julião.

7) Caso E. R. (7.801) Alexia, agrafia, arterio-esclerose generalizada e provavelmente cerebral. Dr. R. Melaragno Jor.

Observação anátomo-clínica:

1) Caso J. M. (7.789) Arterio-esclerose cerebral, hemorragia capsular à esquerda. Tratava-se de um paciente de 70 anos de idade, internado já em estado de coma, com hemiplegia direita, no qual a necropsia revelou arterio esclerose cerebral generalizada e grande foco hemorrágico na capsula interna esquerda. Drs. A. Conde e W. Maffei.

Reunião realizada em 1 de Junho de 1943

Observações clínicas:

1) Caso V. G. T. (7.896) Mielite transversa provavelmente por virus neurotrópico. Dr. J. Lamartine de Assis.

2) Caso M. G. (7.517) Tabes dorsalis. Dr. A. Lefèvre.

3) Caso G. M. (7.436) Tab o-paralisia. Dr. R. Melaragno Jor.

4) Caso L. G. (7.894) Síndrome convulsiva eclâtnptica, glomértdo nefrite aguda. Dr. J. Lamartine de Assis.

5) Caso J. B. S. (7.938) Hemiplegia direita, lues. Dr. J. M. Taques Bittencourt.

Reunião realizada em 6 de Julho de 1943

Observações clinicas:

1) Caso A. C. N. (7.896) Mal de Pott. Dr. V. Benturi.

2) Caso D. F. (7.964) Tabes. Dr. J. A. Caetano da Silva Jor.

3) Caso J. A. A. (7.962) Coréia de Sydenham. Tratava-se de um menino, no qual, ao lado da coréia, existiam distúrbios da série piramidal (sinal de Babinski), indicando, clinicamente, a extensão do processo a outras regiões do encéfalo. Dr. O. F. Julião.

4) Caso J. R. (7.963) Síndrome convulsiva. Dr. C. V. Savoy.

5) Caso P. F. P. (8.013) Síndrome convulsiva e verminose, melhorado com o tratamento anti-helmíntico. Dr. A. Lefèvre.

6) Caso B. L. (8.014) Hemiplegia esquerda, lues cerebral, melhorado com o tratamento pireto-arsenical. Dr. A. Conde.

7) Caso O. T. R. (8.015) Tabes. Dra. M. E. Bierrenbach Khoury.

8) Caso J. M. (3.377) Tabes e moléstia de Hansen. Tratava-se de um tabético antigo, já examinado e diagnosticado ha muitos anos no qual surgiram manifestações da moléstia de Hansen, pelo que foi internado em hospital adequado onde foi tratado desta última moléstia. Tendo tido alta e como os distúrbios tabéticos se tivessem agravado, internou-se neste Serviço onde, em virtude de distúrbios encefálicos, foi firmado o diagnóstico de tabo-paralisia. Com a malarização, surgiram alterações cutâneas atribuídas à reativação do processo hanseniano, pelo que o paciente foi novamente removido para hospital adequado. Dr. O. F. Julião.

Observação anátomo-clínica:

1) Caso D. S. F. (7.961) Neuro-lues Pré-clínica. Caso muito interessante de um sifilítico antigo com soro-reação de Wassermann resistente ao tratamento. Enviado a este Serviço pela Liga de Combate à Sífilis verificou-se serem fortemente positivas as reações praticadas com o líquido céfalo-raquidiano. Apezar de não ter o exame neurológico revelado qualquer sinal de lesão orgânica do sistema nervoso, foi decidida a malarioterapia. Internado o doente e decorrendo normalmente a malarização, o paciente suicidou-se, atirando-se de uma das janelas da enfermaria, durante o 4.° acesso febril. Recolhido o cadaver pela polícia, altas horas da madrugada e verificada a morte por fraturas extensas do crânio e hemorragias intra-cranianas, foi possível conservar o encéfalo para exame microscópico ulterior. O estudo histológico demonstrará quais as lesões encontráveis no cérebro dos pacientes sifilíticos com liquor positivo porem sem sintomatologia neurológica, isto é, enquadrados nos limites da neuro-lues pré-clínica, neuro-lues assintomática ou liquor-lues. Drs. C. Ribas e O. Lange.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Set 1943
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