Resumo
Antecedentes
A percepção do suporte familiar nas doenças crônicas pode ser relevante.
Objetivo
Avaliar em pacientes adultos com epilepsia (PCE) a percepção do suporte familiar e relacioná-la com os aspectos clínicos e com a qualidade de vida (QV).
Métodos
Os dados do Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF) de 130 PCE foram relacionados com as variáveis clínicas, os escores do QOLIE-31 e com o Neurological Disorders Depression Inventory for Epilepsy (NDDI-E), com testes estatísticos, com p < 0.05.
Resultados
A idade média foi 49.9 ± 17.2 anos e o tempo de epilepsia foi de 20.8 ± 15.4 anos. Escores ≥ 15 no NDDI-E (presença de depressão) associaram-se a menor suporte familiar. Ser casado e não ter depressão são as variáveis associadas a maiores escores no IPSF (R = 0.2112), na regressão linear múltipla.
Conclusão
A percepção de maior suporte familiar associou-se à aspectos demográficos, a ausência de depressão e a melhor QV. As relações familiares podem ter papel essencial nos comportamentos de ajustamento na saúde e na QV na epilepsia.
Palavras-chave
Epilepsia; Apoio Familiar; Qualidade de Vida