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Métodos de monitorização não invasivos da pressão intracraniana: uma revisão crítica

RESUMO

Introdução:

O uso da monitorização da pressão intracraniana (PIC, em sua sigla em inglês) é adotado há décadas no manejo de diversas condições neurológicas. O padrão ouro atual é a monitorização invasiva intraventricular, que está relacionada a inúmeras complicações. Apesar dessas limitações, até o momento nenhum método de monitorização não invasiva (niPIC, em sua sigla em inglês) conseguiu substituir a técnica invasiva.

Objetivos:

Revisar os métodos não invasivos de monitorização da PIC.

Métodos:

As diferentes modalidades e abordagens foram agrupadas de acordo com o mecanismo utilizado para detectar elevação da PIC ou suas consequências.

Resultados:

As técnicas descritas foram: o exame físico, neuroimagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio), estimativas indiretas da PIC (fundoscopia, deslocamento da membrana timpânica, elasticidade craniana), avaliação do fluxo cerebral (doppler transcraniano e doppler da artéria oftálmica), alterações metabólicas (Espectroscopia próxima do infravermelho) e estudos neurofisiológicos (eletroencefalograma, potencial evocado visual e emissões otoacústicas).

Conclusão:

Considerando a acurácia, confiabilidade e opções terapêuticas, o sistema de cateteres intraventricular ainda permanece como padrão ouro. No entanto, com os avanços tecnológicos, os métodos não invasivos têm se tornados mais relevantes. Mais evidências são necessárias antes que essas modalidades de monitorização ou estimativas não invasivas se tornem uma alternativa mais robusta às técnicas invasivas.

Palavras-chave:
Lesão Encefálica; Hipertensão Intracraniana; Acidente Vascular Cerebral; Pressão Intracraniana; Trauma Craniano

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