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Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Volume: 82, Número: 6, Publicado: 2024
  • Neuropatia anti-MAG: aspectos históricos, correlações clínico-patológicas e considerações para ensaios terapêuticos futuros View And Review

    Latov, Norman; Brannagan III, Thomas H.; Sander, Howard W.; Gondim, Francisco de Assis Aquino

    Resumo em Português:

    Resumo Antecedentes Pacientes com neuropatia anti-MAG apresentam polineuropatia desmielinizante distal, gamopatia monoclonal IgM e títulos elevados de anticorpos anti-MAG. Objetivo Este artigo revisa o que se sabe sobre a apresentação clínica, curso, fisiopatologia e tratamento da neuropatia anti-MAG, com considerações para o desenho de ensaios terapêuticos. Métodos Revisão bibliográfica da literatura médica e científica relacionada à neuropatia anti-MAG e desenho de ensaios clínicos terapêuticos em neuropatia periférica. Resultados A neuropatia anti-MAG pode permanecer indolente durante muitos anos, mas depois entra numa fase progressiva. Títulos de anticorpos altamente elevados são diagnósticos, mas títulos intermediários também podem ocorrer na polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP). Os nervos periféricos podem tornar-se inexcitáveis, mascarando, assim, as anomalias desmielinizantes. Há boas evidências de que os anticorpos anti-MAG causam a neuropatia. Foi relatado que a redução da concentração de autoanticorpos por agentes direcionados às células B resultou em melhora clínica em séries de casos e ensaios não controlados, mas não em ensaios clínicos controlados, provavelmente devido ao desenho inadequado dos ensaios. Conclusão Propomos que os ensaios terapêuticos para neuropatia anti-MAG incluam pacientes com apresentação típica, algum grau de fraqueza, títulos de anticorpos anti-MAG altamente elevados e pelo menos um nervo exibindo anormalidades na faixa desmielinizante. O tratamento com um ou uma combinação de agentes anticélulas B teria como objetivo reduzir a concentração de autoanticorpos em pelo menos 60%. Pode ser necessária uma duração de ensaio de 2 anos para demonstrar eficácia. A pontuação de comprometimento da neuropatia das extremidades inferiores (NIS-LL) mais a pontuação da função dos membros inferiores (LLF) seria uma medida de resultado primário adequada.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Patients with anti-MAG neuropathy present with distal demyelinating polyneuropathy, IgM monoclonal gammopathy, and elevated titers of anti-MAG antibodies. Objective This paper reviews what is known about the clinical presentation, course, pathophysiology, and treatment of anti-MAG neuropathy, with considerations for the design of therapeutic trials. Methods A literature review of the medical and scientific literature related to anti-MAG neuropathy, and the design of therapeutic clinical trials in peripheral neuropathy. Results Anti-MAG neuropathy can remain indolent for many years but then enter a progressive phase. Highly elevated antibody titers are diagnostic, but intermediate titers can also occur in chronic inflammatory demyelinating polyneuropathy (CIDP). The peripheral nerves can become inexcitable, thereby masking the demyelinating abnormalities. There is good evidence that the anti-MAG antibodies cause neuropathy. Reduction of the autoantibody concentration by agents that target B-cells was reported to result in clinical improvement in case series and uncontrolled trials, but not in controlled clinical trials, probably due to inadequate trial design. Conclusion We propose that therapeutic trials for anti-MAG neuropathy include patients with the typical presentation, some degree of weakness, highly elevated anti-MAG antibody titers, and at least one nerve exhibiting demyelinating range abnormalities. Treatment with one or a combination of anti-B-cell agents would aim at reducing the autoantibody concentration by at least 60%. A trial duration of 2 years may be required to show efficacy. The neuropathy impairment score of the lower extremities (NIS-LL) plus the Lower Limb Function (LLF) score would be a suitable primary outcome measure.
  • Terapias gênicas nas doenças neuromusculares View And Review

    Zanoteli, Edmar; França Jr., Marcondes Cavalcante; Marques Jr., Wilson

    Resumo em Português:

    Resumo Doenças neuromusculares (DNM) compõem um grupo amplo de doenças de causa tanto adquiridas quanto genéticas. Nos últimos anos, importantes avanços ocorreram quanto ao tratamento das DNM de causa genética e grande parte desses avanços se deve à implementação de terapias voltadas para a modificação gênica. Dentre essas terapias, destacam-se as terapias de reposição gênica, uso de RNA de interferência, uso de antinucleotídeos antisense, entre outras. E, mais importante, algumas dessas terapias já se tornaram realidade na prática médica e já foram aprovadas, ou estão a poucos passos da aprovação, por órgãos governamentais regulatórios. Esta revisão aborda aspectos mais recentes quanto ao uso das terapias genéticas avançadas para algumas das formas mais comuns de DNM, em especial para doenças do neurônio motor (esclerose lateral amiotrófica e atrofia muscular espinhal), neuropatias e distrofia muscular de Duchenne.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Neuromuscular diseases (NMD) include a broad group of medical conditions with both acquired and genetic causes. In recent years, important advances have been made in the treatment of genetically caused NMD, and most of these advances are due to the implementation of therapies aimed at gene regulation. Among these therapies, gene replacement, small interfering RNA (siRNA), and antisense antinucleotides are the most promising approaches. More importantly, some of these therapies have already gained regulatory approval or are in the final stages of approval. The review focuses on motor neuron diseases, neuropathies, and Duchenne muscular dystrophy, summarizing the most recent developments in gene-based therapies for these conditions.
  • O diagnóstico clínico da doença de Parkinson View And Review

    Munhoz, Renato P.; Tumas, Vitor; Pedroso, José Luiz; Silveira-Moriyama, Laura

    Resumo em Português:

    Resumo Passados mais de 200 anos desde a sua descrição inicial, o diagnóstico clínico da doença de Parkinson (DP) continua a ser um processo muitas vezes desafiante, com amplas implicações que são fundamentais para o manejo clínico. Apesar dos grandes desenvolvimentos na compreensão da sua patogénese, marcadores patológicos, características não motoras e potenciais pistas paraclínicas, os critérios diagnósticos mais aceitos permanecem solidamente baseados numa combinação de sinais clínicos motores. Aqui, revisamos esse processo, discutindo sua história, critérios clínicos, diagnósticos diferenciais, testes diagnósticos complementares e o papel dos sinais e sintomas não motores e pré-motores.

    Resumo em Inglês:

    Abstract After more than 200 years since its initial description, the clinical diagnosis of Parkinson's disease (PD) remains an often-challenging endeavor, with broad implications that are fundamental for clinical management. Despite major developments in understanding it's pathogenesis, pathological landmarks, non-motor features and potential paraclinical clues, the most accepted diagnostic criteria remain solidly based on a combination of clinical signs. Here, we review this process, discussing its history, clinical criteria, differential diagnoses, ancillary diagnostic testing, and the role of non-motor and pre-motor signs and symptoms.
  • Tecnologia assistida na marcha da doença de Parkinson: o que há de novo? View And Review

    Capato, Tamine T. C.; Chen, Janini; Miranda, Johnny de Araújo; Chien, Hsin Fen

    Resumo em Português:

    Resumo Antecedentes Os distúrbios da marcha são sintomas prevalentes e debilitantes, diminuindo muito a mobilidade e a qualidade de vida dos indivíduos com doença de Parkinson (DP). Embora os tratamentos tradicionais ofereçam alívio parcial, há um interesse crescente em intervenções alternativas para enfrentar esse desafio. Recentemente, um aumento notável no desenvolvimento de tecnologia assistida (TA) foi testemunhado para ajudar indivíduos com DP. Objetivo Explorar o cenário crescente de intervenções de TA adaptadas para aliviar deficiências de marcha relacionadas à DP e descrever as pesquisas atuais para esse fim. Métodos Nessa revisão, pesquisamos artigos em inglês publicados no PubMed de 2018 a 2023. Além disso, os resumos de cada trabalho foram lidos para assegurar a sua inclusão. Quatro pesquisadores buscaram independentemente os artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Resultados Incluímos trabalhos que preencheram os critérios de inclusão. Identificamos as tendências em tecnologia assistiva na análise dos parâmetros da marcha em DP. Esses compreendem os sensores portáteis, análise da marcha, retroalimentação em tempo real e técnicas de pista, realidade virtual e robótica. Conclusão Essa revisão é um recurso para orientar pesquisas futuras, informar decisões clínicas e promover a colaboração entre pesquisadores, médicos e formuladores de políticas. Ao delinear os contornos deste campo em rápida evolução, pretende inspirar mais inovação, melhorando em última análise a vida dos pacientes com DP através de intervenções mais eficazes e personalizadas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Gait disturbances are prevalent and debilitating symptoms, diminishing mobility and quality of life for Parkinson's disease (PD) individuals. While traditional treatments offer partial relief, there is a growing interest in alternative interventions to address this challenge. Recently, a remarkable surge in assisted technology (AT) development was witnessed to aid individuals with PD. Objective To explore the burgeoning landscape of AT interventions tailored to alleviate PD-related gait impairments and describe current research related to such aim. Methods In this review, we searched on PubMed for papers published in English (2018-2023). Additionally, the abstract of each study was read to ensure inclusion. Four researchers searched independently, including studies according to our inclusion and exclusion criteria. Results We included studies that met all inclusion criteria. We identified key trends in assistive technology of gait parameters analysis in PD. These encompass wearable sensors, gait analysis, real-time feedback and cueing techniques, virtual reality, and robotics. Conclusion This review provides a resource for guiding future research, informing clinical decisions, and fostering collaboration among researchers, clinicians, and policymakers. By delineating this rapidly evolving field's contours, it aims to inspire further innovation, ultimately improving the lives of PD patients through more effective and personalized interventions.
  • Práticas na prescrição de medicamentos anticrise: está na hora de mudar? View And Review

    Pinto, Lécio Figueira; Silva, Lucas Scárdua; João, Rafael Batista; Boldrini, Vinícius; Cendes, Fernando; Yasuda, Clarissa Lin

    Resumo em Português:

    Resumo O tratamento da epilepsia avançou nos últimos 30 anos com o desenvolvimento de novos medicamentos anticrise (MAC). Infelizmente, nem todos estão aprovados no Brasil e muitos ainda são subutilizados. Os novos MAC não são mais eficazes que os antigos, mas apresentam melhor tolerabilidade, menos interações e efeitos colaterais a longo prazo, especialmente para pacientes com comorbidades ou que necessitam de politerapia. A indução enzimática causada pelos MAC antigos está associada ao aumento dos níveis de colesterol, interações medicamentosas com redução do efeito das estatinas e outros medicamentos cardiovasculares, anticoagulantes, quimioterapia, imunossupressores, agentes anti-infecciosos (incluindo tratamento do HIV), antidepressivos e contraceptivos. Além disso, podem reduzir os níveis de vitamina D e hormônios sexuais, podendo afetar a massa óssea. A crescente preocupação sobre estes efeitos ao longo da vida, com a exposição prolongada, levou a maioria dos países desenvolvidos a modificar o padrão de prescrição com maior uso dos novos MAC, especialmente levetiracetam e lamotrigina. Ambos são considerados as opções mais seguras para mulheres em idade fértil. Infelizmente, as tendências de prescrição no Brasil permaneceram praticamente inalteradas ao longo do tempo. Isto pode ser parcialmente explicado pela lentidão no processo de aprovação dos MAC e à resistência dos médicos generalistas e neurologistas em adotar estes novos conceitos. Nesta revisão, destacamos as vantagens dos novos MAC e a necessidade da mudança no padrão de prescrição também no Brasil. A escolha do MAC deve ser feita de acordo com as características individuais dos pacientes e sugestões práticas são apresentadas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The treatment of epilepsy has advanced over the past 30 years through the development of new antiseizure medications (ASMs). Unfortunately, not all of them have been approved yet in Brazil, and many are still underused. When comparing new ASMs to older ones, they are generally not more effective in treating epilepsy. However, they offer better tolerability, with fewer interactions and long-term side effects, especially for patients with comorbidities or those requiring polytherapy. Enzyme induction caused by older ASMs is associated with increased cholesterol levels, drug interactions with decreased effects of statins and other cardiovascular medications, anticoagulants, chemotherapy, immunosuppressors, anti-infective agents (including HIV treatment), antidepressants, and contraceptives. Additionally, they can reduce levels of vitamin D and sex hormones, as well as decrease bone density. The increasing concern about these effects during life, especially after prolonged exposure, has led most developed countries to change prescription patterns in favor of new ASMs, particularly levetiracetam and lamotrigine. Both are also considered the safest options for women of childbearing age. Regrettably, the prescription trends in Brazil have remained largely unchanged over time. This can be partially attributed to the slower approval process of ASM and the reluctance of general physicians and neurologists to embrace these new concepts. In this concise review, we highlight the various advantages linked to the new ASM, aiming to promote a shift in the prescription pattern for ASM. The selection of ASM should be customized according to individual characteristics, and practical suggestions for choosing ASMs are provided in this paper.
  • Narcolepsia: uma interface entre neurologia, imunologia, sono e genética View And Review

    Coelho, Fernando Morgadinho Santos

    Resumo em Português:

    Resumo A narcolepsia é um distúrbio primário do sistema nervoso central resultante das interações genéticas, ambientais e imunológicas definidas como sonolência diurna excessiva mais cataplexia, alucinações, paralisia do sono e fragmentação do sono. A fisiopatologia não é completamente conhecida, mas a interação entre predisposição genética, exposição ambiental e componente imunológico com consequente deficiência de hipocretina-1 é o modelo para explicar a narcolepsia tipo I. O mecanismo da narcolepsia tipo II é menos compreendido. Há um atraso de mais de dez anos para o diagnóstico da narcolepsia em todo o mundo. Pacientes com narcolepsia apresentam muitas comorbidades com impacto negativo na qualidade de vida. O tratamento da narcolepsia deve conter uma abordagem educativa para a família, colegas de trabalho e pacientes. Cochilos programados e higiene do sono são importantes para minimizar a dose dos medicamentos. Muito progresso foi observado no tratamento farmacológico da narcolepsia com novos estimulantes, diferentes apresentações de oxibato e estudos recentes com agonistas de orexina. A narcolepsia é uma doença rara que precisa ser mais compreendida e destacada para evitar atrasos no diagnóstico e incapacidades graves nos pacientes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Narcolepsy is a primary disorder of the central nervous system resulting from genetic, environmental, and immunological interactions defined as excessive daytime sleepiness plus cataplexy, hallucinations, sleep paralysis, and sleep fragmentation. The pathophysiology is not entirely known, but the interaction among genetic predisposition, environmental exposition, and immune component with consequent hypocretin-1 deficiency is the model to explain narcolepsy type I. The mechanism of narcolepsy type II is less understood. There is a delay of over ten years for the diagnosis of narcolepsy around the world. Patients with narcolepsy have many comorbidities with a negative impact on quality of life. The treatment of narcolepsy must contain an educational approach for the family, coworkers, and patients. Scheduled naps and sleep hygiene are essential to minimize the dose of medications. Much progress has been seen in the pharmacological treatment of narcolepsy with new stimulants, different presentations of oxybate, and recent studies with orexin agonists. Narcolepsy is a rare disease that needs to be more understood and highlighted to avoid delayed diagnosis and severe disabilities in patients.
  • A nova era da inteligência artificial em neurorradiologia: pesquisa atual e ferramentas promissoras View And Review

    Macruz, Fabíola Bezerra de Carvalho; Dias, Ana Luiza Mandetta Pettengil; Andrade, Celi Santos; Nucci, Mariana Penteado; Rimkus, Carolina de Medeiros; Lucato, Leandro Tavares; Rocha, Antônio José da; Kitamura, Felipe Campos

    Resumo em Português:

    Resumo A radiologia tem uma série de características que a torna uma disciplina médica especialmente adequada à adoção precoce da inteligência artificial (IA), incluindo um fluxo de trabalho digital bem estabelecido, protocolos padronizados para armazenamento de imagens e inúmeras atividades interpretativas bem definidas. Tal adequação é corroborada pelos mais de 200 produtos radiológicos comerciais baseados em IA recentemente aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA) para auxiliar os radiologistas em uma série de tarefas restritas de análise de imagens, como quantificação, triagem de fluxo de trabalho e aprimoramento da qualidade das imagens. Entretanto, para o aumento da eficácia e eficiência da IA, além de uma utilização clínica bem-sucedida dos produtos que utilizam essa tecnologia, os radiologistas devem estar atualizados com as aplicações em suas áreas específicas de atuação. Assim, neste artigo, pesquisamos na literatura existente aplicações baseadas em IA em neurorradiologia, mais especificamente em condições como doenças vasculares, epilepsia, condições desmielinizantes e neurodegenerativas. Também abordamos os principais algoritmos por trás de tais aplicações, discutimos alguns dos desafios na generalização no uso desses modelos e introduzimos as soluções comercialmente disponíveis mais relevantes adotadas na prática clínica. Se cautelosamente desenvolvidos, os algoritmos de IA têm o potencial de melhorar radicalmente a radiologia, aperfeiçoando a análise de imagens, aumentando o valor das técnicas de imagem quantitativas e mitigando erros de diagnóstico.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Radiology has a number of characteristics that make it an especially suitable medical discipline for early artificial intelligence (AI) adoption. These include having a well-established digital workflow, standardized protocols for image storage, and numerous well-defined interpretive activities. The more than 200 commercial radiologic AI-based products recently approved by the Food and Drug Administration (FDA) to assist radiologists in a number of narrow image-analysis tasks such as image enhancement, workflow triage, and quantification, corroborate this observation. However, in order to leverage AI to boost efficacy and efficiency, and to overcome substantial obstacles to widespread successful clinical use of these products, radiologists should become familiarized with the emerging applications in their particular areas of expertise. In light of this, in this article we survey the existing literature on the application of AI-based techniques in neuroradiology, focusing on conditions such as vascular diseases, epilepsy, and demyelinating and neurodegenerative conditions. We also introduce some of the algorithms behind the applications, briefly discuss a few of the challenges of generalization in the use of AI models in neuroradiology, and skate over the most relevant commercially available solutions adopted in clinical practice. If well designed, AI algorithms have the potential to radically improve radiology, strengthening image analysis, enhancing the value of quantitative imaging techniques, and mitigating diagnostic errors.
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