RESUMO
Objetivo:
Verificar como os cirurgiões da mão conduzem o tratamento da fratura de escafoide e suas complicações.
Métodos:
Durante o 36° Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão (2016) foram distribuídos 200 questionários.
Resultados:
Na suspeita da fratura sem confirmação radiográfica, 57% dos cirurgiões solicitam TC ou RM, enquanto 43% optam por imobilização e radiografia seriada. Nas fraturas estáveis, a preferência foi tratamento com gesso. Nas fraturas sem desvio da cintura do escafoide, 33% optam pela fixação percutânea. Nas fraturas desviadas do polo proximal ou da cintura, a opção é o tratamento cirúrgico em 66% e 99,4%. A maioria trata a pseudoartrose da cintura com enxerto não vascularizado. Quando a absorção no foco da pseudoartrose é maior que 4 mm, 50% preferem utilizar enxerto do ilíaco e fixar com parafuso. Nas pseudoartroses do polo proximal, a técnica de Zaidemberg é a preferida por 64%. Os cirurgiões mais experientes têm maior propensão para pedir exames em fraturas ocultas (63,9% versus 47,6%; p = 0,04) e tendem a indicar cirurgia com mais frequência para as fraturas do terço distal (16,4% versus 4,7%; p = 0,02).
Conclusões:
Forneceu-se panorama das preferências de tratamento para as fraturas do escafoide. Destaca-se maior tendência de cirurgiões mais experientes para solicitação de exames subsidiários para fraturas ocultas e maior indicação cirúrgica para as fraturas do terço distal. Nível de Evidência IV, Estudo transversal tipo survey.
Descritores:
Osso escafoide; Fraturas ósseas; Diagnóstico; Pseudoartrose; Estudos transversais