RESUMO
Objetivo
analisar as características dos pacientes com diagnóstico de infecção osteoarticular pediátrica, tratados em um hospital de nível terciário em São Paulo.
Métodos
Analisamos, retrospectivamente, os pacientes internados no período entre setembro de 2012 e agosto de 2014. As variáveis analisadas foram: idade, gênero, diagnóstico, agente etiológico, localização anatômica, tempo de diagnóstico, histórico de infecção e trauma prévio, exames laboratoriais, tratamento e complicações.
Resultados
20 pacientes foram incluídos, 50% com artrite séptica, 35% osteomielite e 15% ambos. Houve predomínio do gênero masculino (80%), média de idade de 6,6 anos. O agente etiológico mais comum foi o Staphiloccocus aureus. Ambos os exames laboratoriais PCR e VHS aumentaram. O tratamento foi a antibioticoterapia (via endovenosa e oral) e a oxacilina foi o medicamento mais utilizado. A maioria dos pacientes foram submetidos ao menos a um procedimento cirúrgico e 35% dos pacientes apresentaram complicações.
Conclusão
Este mapeamento epidemiológico identificou características clínicas e demográficas úteis para melhorar o preparo da equipe para o atendimento. Pesquisas futuras de caráter prospectivo, com maior tempo de acompanhamento dos pacientes e a elaboração de protocolos de atendimento são necessárias para melhorar a tomada de decisão terapêutica e o prognóstico de crianças com suspeita de infecção osteoarticular. Nível de Evidência II; Estudos prognósticos - Investigação do efeito de característica de um paciente sobre o desfecho da doença.
Artrite Infecciosa; Osteomielite; Pediatria/epidemiologia