RESUMO
Objetivo:
Verificar se há consenso sobre o tratamento de cada tipo de lesão ou amputação da ponta do dedo e se há diferença estatística entre as opções de tratamento de acordo com o tempo em que o cirurgião atua na especialidade de cirurgia da mão.
Métodos:
Pesquisa transversal realizada durante o 37° Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, quando foram distribuídos cento e vinte questionários de forma aleatória. Observando-se os critérios de inclusão e exclusão, noventa questionários respondidos foram incluídos. As respostas foram submetidas a análise descritiva e inferencial com índice de significância de p < 0,05.
Resultados:
Este estudo apresentou concordância no tratamento com diferença estatística para lesão oblíqua dorsal menor que 1 cm com exposição óssea para a alternativa de retalho de avanço VY com 63,3%; lesão oblíqua volar com exposição óssea menor que 1 cm para a alternativa Cross Finger com 46,7%; lesão oblíqua volar do polegar maior de 1 cm sem exposição óssea para a alternativa Moberg com 47,8%; lesão da polpa do polegar com até 2,5 cm com exposição óssea para a alternativa Moberg com liberação proximal com 54,4% e uso de antibióticos para a alternativa “cefalexina” com 92,2%.
Conclusão:
Não há consenso quanto ao tratamento da maioria dos tipos de lesão da ponta do dedo, sendo que houve concordância em 45,4%. Quando subdividimos por grupo de tempo de especialização em cirurgia de mão, verificou-se aumento da concordância para 54,5% das questões por subgrupo. Há necessidade de realização de novos estudos comparativos para avaliarmos o consenso entre os cirurgiões com relação ao tratamento da lesão das pontas dos dedos. Nível de evidência III; Pesquisa transversal.
Descritores:
Lesões dos dedos; Amputação traumática; Tratamento; Estudos transversais