RESUMO
Objetivo
Avaliar o resultado funcional do tratamento das fraturas transversas desviadas do olécrano (Mayo 2A) após o tratamento com parafuso intramedular com banda de tensão (PIBT) em comparação com a banda de tensão clássica (BTC).
Métodos
Foram coletados prospectivamente todas as fraturas transversas do olécrano desviadas de 2012 a 2016 e randomizá-las em dois grupos: PIBT e BTC. A amplitude de movimento (ADM) foi medida após 2 e 5 semanas, 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As avaliações funcionais (DASH, Oxford Elbow Score e Mayo Elbow Performance Index) foram realizadas após 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As complicações foram coletadas até 2 anos de acompanhamento.
Resultados
Foram incluídos 22 pacientes, 11 em cada grupo. A idade média foi de 47,9 anos, e o lado esquerdo foi lesado em 13 (59,0%) pacientes. Todos os pacientes completaram o acompanhamento de 2 anos. Não houve diferença na ADM em nenhum momento entre os dois grupos (p> 0,005). O ganho de flexão e extensão foi máximo aos 3 meses e permaneceu inalterado até 2 anos. Nem a flexão nem a extensão voltaram ao normal, faltando em torno de 10º. A pronação e a supinação voltaram ao normal. Todos os três escores funcionais mostraram uma recuperação quase completa da função do cotovelo após 3 meses de pós-operatório, sem diferença entre os grupos. Nenhum grupo apresentou complicações, nem reoperação ou retirada do implante.
Conclusão
O PIBT teve resultados semelhantes na ADM e pontuação funcional em comparação com o BTC. Ambos tiveram baixas taxas de complicações e não há necessidade de remover implantes. Nível de evidência I; Estudo clínico randomizado.
Descritores
Olécrano; Fixação Interna de Fraturas; Resultado do Tratamento