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INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DE CAPSULITE ADESIVA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

RESUMO

Objetivo:

Avaliar se houve aumento da incidência de capsulite adesiva durante a pandemia de COVID-19.

Métodos:

Foram analisados, retrospectivamente, 1.983 pacientes com desordens do ombro quanto a sexo, idade, desenvolvimento de capsulite adesiva e comorbidades (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia, hipo/hipertireoidismo, depressão e ansiedade) em dois períodos distintos: de março de 2019 a fevereiro de 2020 e de março de 2020 a fevereiro de 2021. Procedeu-se à análise estatística das variáveis descritivas e quantitativas, utilizando o software SPSS 17.0 for Windows para os cálculos.

Resultados:

Durante a pandemia, houve aumento de 2,41 vezes (p < 0,001) de casos de capsulite adesiva em relação ao ano anterior. Considerando os períodos estudados, pacientes com depressão e ansiedade apresentaram um risco significativamente aumentado em 8,8 (p < 0,001) e 14 (p < 0,001) vezes, respectivamente, de desenvolver a patologia em questão.

Conclusão:

Observou-se um aumento significativo da incidência de ombro congelado após o início da pandemia de COVID-19, além de sua relação com distúrbios psicossomáticos. São necessários estudos prospectivos futuros para ratificar a ideia contida nesta pesquisa. Nível de Evidência III, Estudo Transversal Observacional.

Descritores:
Cápsula Articular; Patologia; Ombro; Bursite; SARS-CoV-2; COVID-19

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