RESUMO
Introdução:
Fratura patológica é um evento esquelético frequente em pacientes com câncer de pulmão, resultando em alta morbidade e sobrevida global reduzida que torna a decisão de tratamento cirúrgico desafiadora.
Objetivos:
Identificar fatores de risco associados à ocorrência de fraturas patológicas em pacientes com câncer de pulmão e determinar a sobrevida.
Métodos:
Conduzimos um estudo retrospectivo de coorte com 407 pacientes diagnosticados com carcinoma pulmonar entre 2006 e 2015. A prevalência de metástase óssea e fratura patológica foi calculada. Análise estatística foi conduzida usando o teste X2, e razão de chances e o intervalo de confiança de 95% foi calculado. A sobrevida global foi determinada usando o método de Kaplan-Meier e as diferenças foram comparadas usando o teste do log-rank.
Resultados:
A prevalência de metástases ósseas e fraturas patológicas foi de 28,2% (n = 115) e 19,1% (n = 22), respectivamente. Fraturas patológicas foram mais frequentes em pacientes com metástases ósseas ao diagnóstico do câncer de pulmão (24,7 % [n = 20] vs. 5,9% [n = 2]; p < 0.05). A sobrevida global média após o diagnóstico do câncer de pulmão, da metástase óssea e da fratura patológica foram 6, 4 e 2 meses, respectivamente.
Conclusão:
Fratura patológica foi associada à metástase óssea sincrônica e a sobrevida global consideravelmente reduzida. Nível de Evidência IV. Série de Casos.
Descritores:
Neoplasias pulmonares; Osso; Fraturas