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Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite

O objetivo do estudo foi comparar a eficácia e a tolerabilidade da nimesulida versus o celecoxib no tratamento da osteoartrite. A casuística envolveu 57 pacientes com idade entre 40 e 80 anos, que foram randomizados em dois grupos, recebendo as medicações do estudo durante 30 dias de forma simples-cega na dosagem de um comprimido de 100mg de nimesulida duas vezes ao dia e uma cápsula de 100mg de celecoxib duas vezes ao dia. Após a inclusão no estudo na visita basal, foram realizadas três visitas com intervalo de dez dias entre elas. Os aspectos analisados foram: dor em repouso, dor em movimento e dor noturna, através de uma escala analógica da dor, duração da rigidez matinal, capacidade funcional (HAQ), classe funcional ACR-1991 e o índice de gravidade para osteoartrite de joelhos em todas as visitas. Foi também avaliado o tempo para andar 15 metros naqueles pacientes com acometimento de joelhos ou quadril. A avaliação da eficácia e tolerabilidade foi realizada pelo investigador e pelo paciente nas três visitas após o início do tratamento. Os eventos adversos foram registrados durante todo o período do estudo. Houve diminuição significativa e semelhante nas médias da escala para dor ao movimento e dor em repouso para ambos medicamentos em todas as visitas. Houve diminuição da dor noturna ao longo do tratamento no grupo celecoxib e a partir da visita 3 no grupo nimesulida, e ao final do estudo, as médias dos dois grupos foram semelhantes ( p = 0,152). As médias da duração da rigidez matinal diminuíram significativamente no grupo tratado com nimesulida durante todo o seguimento, e no grupo celecoxib a partir da visita 3, sendo semelhantes ao final do estudo ( p= 0,993). O tempo médio para andar 15 metros diminuiu significativamente no grupo nimesulida na visita 4 (p < 0,001*), e todas as médias deste intervalo de tempo foram menores do que no grupo celecoxib a partir da segunda visita. Houve diminuição significativa nas médias de capacidade funcional ( escala HAQ) no grupo nimesulida durante todo o período do estudo, enquanto que no grupo celecoxib, apenas na visita 4, onde as médias foram semelhantes ( p=0,517). No grupo nimesulida o índice de gravidade de Lequesne e Samson (1991) para osteoartrite de joelhos diminuiu significativamente a partir da visita 3, o que não ocorreu no grupo celecoxib. Os dois grupos tiveram evolução semelhante quanto à classificação funcional ACR-1991 durante o período do estudo. Ambos grupos foram semelhantes na avaliação da eficácia e da tolerabilidade segundo o paciente, e da eficácia segundo o médico. Durante o período do estudo, 21% dos pacientes do grupo nimesulida e 25% do grupo celecoxib apresentaram eventos adversos. Em conclusão, a nimesulida demonstrou eficácia e tolerabilidade semelhante ao celecoxib no tratamento da osteoartrite. A dor noturna diminuiu mais precocemente no grupo celecoxib; nos parâmetros rigidez matinal, capacidade funcional e o índice de gravidade para a osteoartrite de joelho constatou-se uma resposta mais rápida nos pacientes tratados com a nimesulida.

osteoartrite; nimesulida; celecoxib


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