RESUMO
Objetivo:
Mesmo após a estimulação cerebral profunda (ECP), os pacientes com doença de Parkinson (DP) muitas vezes ainda apresentam problemas significativos de marcha e estabilidade postural, e, portanto, intervenções adicionais são necessárias. Avaliar a eficácia comparativa do treinamento em esteira, com e sem suporte de peso corporal, nos resultados de equilíbrio de pacientes com DP após ECP.
Métodos:
Onze pacientes com DP em uso de ECP bilateral do núcleo subtalâmico foram avaliados pelos testes Time Up and Go (TUG), escala de equilíbrio de Berg (EEB) e posturografia estática. Na fase 1, todos participaram de oito semanas de treinamento em esteira em conjunto com fisioterapia convencional. Após seis semanas (wash-out), cada paciente participou de oito semanas subsequentes de treinamento em esteira com suporte parcial de peso corporal.
Resultados:
Depois da fase 1, houve melhora no desempenho cognitivo do TUG (antes: 15,7 ± 1,8 s; depois: 13,7 ± 3,1 s; p < 0,01) e aumento da oscilação anteroposterior e médio-lateral do corpo com os olhos fechados. Após a fase 2, os resultados do TUG convencional (antes: 12,3 ± 2,0 seg; depois: 10,7 ± 1,7 seg; p < 0,01) e cognitivo (antes: 14,6 ± 3,5 s; depois: 12,5 ± 1,6 s; p < 0,05) demonstraram melhora. Os protocolos de treinamento não causaram mudanças significativas na EEB..
Conclusão:
Ambos os treinos melhoraram o equilíbrio estático e dinâmico e tiveram resultados semelhantes; no entanto, o treinamento em esteira com suporte é uma opção potencialmente superior, uma vez que os pacientes tendiam a se sentir mais seguros. Nível de Evidência II, estudos terapêuticos - investigação de resultados de tratamento.
Descritores:
Doença de Parkinson; Estimulação Cerebral Profunda; Equilíbrio Postural; Transtornos Neurológicos da Marcha; Reabilitação Neurológica