RESUMO
Objetivo:
Propor uma nova abordagem para fraturas concomitantes da diáfise da tíbia e triplanares do tornozelo.
Métodos:
Estudo retrospectivo entre 2001 e 2019. Foram coletadas informações gerais: dados clínicos, radiográficos e complicações. As fraturas seguiram três passos no tratamento: (1) fixação do fragmento Salter-Harris tipo III da fratura triplanar; (2) fixação do fragmento Salter-Harris II/IV com parafuso canulado; e (3) fixação da fratura diafisária da tíbia com hastes flexíveis.
Resultados:
O estudo incluiu sete pacientes (seis homens) com idade média de 14 anos e seguimento médio de 6.4 anos (mínimo de dois anos). Cinco fraturas triplanares tinham dois fragmentos principais e duas tinham três fragmentos. Cinco fraturas na radiografia em perfil foram classificadas como Salter-Harris II e duas como Salter-Harris IV. Três fraturas diafisárias tibiais tinham traço obliquo longo, três traço espiral e uma fratura com terceiro fragmento. Seis fraturas eram do terço médio e uma fratura do terço distal da tíbia. Todas as fraturas triplanares e tibiais consolidaram sem desvio significativo e não tivemos nenhuma lesão fisária.
Conclusão:
O estudo descreveu a associação da fratura da tíbia com a fratura triplanar do tornozelo e nossa proposta de tratamento, que se mostrou uma boa opção no tratamento dessa fratura especial. Nível de Evidência IV, Série de casos.
Descritores:
Fratura Tibial; Fratura de Tornozelo; Fixação interna de Fraturas; Fratura Salter Harris