RESUMO
Objetivo: Este artigo consiste em um corte retrospectivo que analisou vítimas de amputação traumática do polegar submetidas a reimplante ou procedimentos de regularização da amputação no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medica da Universidade de São Paulo (IOT-FMUSP). Métodos: Foram analisados 40 pacientes reimplantados e 41 pacientes regularizados, que foram separados conforme o nível da amputação e, após, tiveram seus prontuários médicos analisados. Resultados: Foram analisados 81 pacientes com amputação digital (79 homens e 2 mulheres), com idade média de 43 anos e 49 anos (Grupo Amputado e Grupo Reimplante, respectivamente) e 28,4% deles tinham amputação proximal, de acordo com a classificação de Biemer, enquanto 71,6% tinham amputação distal. A ocupação mais comum foi a de pedreiro (19,75%), mas 80,24% eram trabalhadores manuais. 65% dos pacientes retornaram ao trabalho anterior. 77,77% dos pacientes afetaram a mão não dominante, e a serra circular causou 77,77% das amputações. A taxa de sucesso para reimplantes foi de 78%. O tempo de isquemia foi de 9 horas e o tempo de porta-quarto foi de 2 horas. Conclusão: O estudo revelou que as taxas de reimplante foram altas nas condições de isquemia e tempo porta-sala, e a maioria dos pacientes vítimas de amputação traumática do polegar são homens em idade de trabalho e com baixa escolaridade. Nível de Evidência II, Estudo retrospectivo.
Descritores:
Epidemiologia
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Reimplante
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Polegar
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Amputação
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Microcirurgia