RESUMO
Objetivo:
Este artigo avaliou a recuperação funcional e a mortalidade após cirurgia de fratura do quadril com relação à técnica de tratamento durante um ano de acompanhamento.
Método:
Oitenta pacientes consecutivos com fraturas trocantéricas foram divididos em dois grupos, de acordo com a técnica de tratamento (osteossíntese e artroplastia). Avaliamos os dados dos pacientes quanto a idade, sexo, tempo até a cirurgia, estadia hospitalar total, volume de transfusão e estado funcional de acordo com a pontuação da MIF (Medida de Independência Funcional). A MIF foi avaliada três vezes: antes da fratura, seis meses e um ano após a cirurgia.
Resultados:
Os pacientes submetidos à osteossíntese tiveram menor tempo de hospitalização do que os pacientes de artroplastia. O grupo artroplastia teve independência funcional significativamente maior seis meses depois da cirurgia, enquanto nenhuma diferença foi detectada um ano após a cirurgia. Idade, volume da transfusão e a pontuação MIF dos pacientes foram detectadas como preditores importantes da mortalidade.
Conclusão:
As fraturas trocantéricas levam à perda funcional inevitável, embora ela possa ser reduzida a curto prazo com a artroplastia ao invés da osteossíntese. A idade, a transfusão e a situação funcional são preditores significativos de mortalidade em um ano em pacientes com fraturas trocantéricas. A situação funcional dos pacientes deve ser considerada ao escolher o tratamento de fraturas trocantéricas para reduzir a morbidade dos pacientes. Nível de Evidência II; Estudo prospectivo terapêutico.
Descritores:
Fratura do quadril; Artroplastia; Fixação interna de fraturas; Reabilitação