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FRATURAS ATÍPICAS DE FÊMUR POR USO DE BIFOSFONATOS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

RESUMO

Objetivo:

Demonstrar relação entre as fraturas atípicas de fêmur e o uso prolongado de bifosfonatos, descrever sua incidência e analisar até qual momento o seu uso é benéfico.

Métodos:

Estudo de coorte retrospectivo (nível de evidência 2B). Análise de 151 prontuários de pacientes com diagnóstico de fratura de fêmur em um hospital terciário, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2018. Foram selecionados os casos de fraturas atípicas e, dentre esses, os que faziam uso de bifosfonatos e o tempo de utilização. Ademais, foram estudadas as variáveis sexo, idade e lado mais acometido.

Resultados:

Constatadas 9 fraturas atípicas de fêmur, todas associadas ao uso de bifosfonatos. O período médio de uso dessa medicação foi de 9 anos (mínimo - 3 anos; máximo - 14 anos). A idade média dos pacientes foi de 78 anos (69-88 anos) e ocorrência unicamente em mulheres, tendo como membro mais acometido o direito.

Conclusão:

O uso dos bifosfonatos na prevenção de fraturas osteoporóticas tem sido cada vez mais frequente e relacionado às fraturas atípicas, quando empregado por tempo prolongado. A coleta de mais informações científicas que estudem doses, períodos máximos de tratamento e risco-benefício na indicação dessas medicações é essencial para auxiliar no manejo terapêutico apropriado para cada caso. Nível de Evidência II, Estudo Retrospectivo .

Descritores:
Bifosfonatos; Efeitos Adversos; Fraturas por Insuficiência; Fraturas Subtrocantericas; Fraturas do Fêmur; Osteoporose

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