RESUMO
Objetivos:
Não há critérios específicos que definam o nível de amputação em pacientes diabéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de parâmetros clínicos e laboratoriais na determinação do nível de amputação e do tempo de cicatrização da ferida.
Métodos:
Centro e trinta e nove pacientes diabéticos foram avaliados retrospectivamente. Eles foram submetidos a procedimentos cirúrgicos devido a infecção e/ou necrose isquêmica. Este estudo avaliou tipo de cirurgia, uso de antibióticos, parâmetros laboratoriais e tempo de internação.
Resultados:
O nível de amputação mais comum foi o transmetatarsal, ocorrendo em 26 pacientes (28,9%). O tempo de cicatrização das feridas aumentou com significância estatística em indivíduos submetidos a desbridamento que não usaram antibióticos pré-operatórios e que não foram submetidos à intervenção vascular. Os níveis mais altos de amputação foram estatisticamente relacionados a isquemia do membro, amputação prévia e ausência de antibiótico no pré-operatório.
Conclusão:
Os pacientes com amputações menores são submetidos à revisão do coto com maior frequência, porém, visar sempre o coto mais distal possível diminui o gasto de energia durante a marcha, possibilitando melhor qualidade de vida aos pacientes. Os fatores de risco de amputação maior foram isquemia e amputações prévias. Um fator de proteção foi a antibioticoterapia no pré-operatório. Nível de evidência III, Estudo Retrospectivo.
Descritores:
Pé diabético; Amputação; Antibióticos; Cicatrização; Fatores de risco; Fatores de proteção