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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS FRATURAS DIAFISÁRIAS DO ÚMERO TRATADAS CIRURGICAMENTE - UMA REVISÃO DE 10 ANOS

RESUMO

A maior parcela dos estudos epidemiológicos não aborda exclusivamente as fraturas tratadas cirurgicamente, mas engloba as de tratamento conservador. No Brasil existem poucos estudos epidemiológicos que versam sobre a prevalência das fraturas submetidas ao tratamento cirúrgico.

Objetivo:

Avaliar a prevalência, os dados demográficos e as lesões associadas das fraturas da diáfise do úmero tratadas cirurgicamente.

Métodos:

Estudo retrospectivo conduzido entre 2009 e 2019, com pacientes submetidos a osteossíntese de fratura diafisária do úmero. As variáveis categóricas foram testadas pelo teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher, enquanto as não categóricas foram medidas pelo teste t não pareado. Adotou-se nível de significância de 5%.

Resultados:

Foram avaliados 115 pacientes. A média de idade foi de 37,9 ± 15,6 anos, com uma predominância de pacientes do sexo masculino (66,9%) devido a acidentes automobilísticos. A fratura tipo 12 A3 foi a mais prevalente. A prevalência de fratura exposta foi de 11,3%. A lesão nervo radial ocorreu em 33%, principalmente em traumas de baixa energia.

Conclusão:

As fraturas diafisárias do úmero tratadas cirurgicamente foram mais prevalentes em homens jovens e relacionadas a traumas de alta energia, com padrão de traço transverso. Fraturas secundárias e traumas de baixa energia tiveram maior associação com lesão do nervo radial. Nível de Evidência III, Estudo Epidemiológico, Retrospectivo.

Descritores:
Epidemiologia Analítica; Fraturas do Úmero; Fixação Interna de Fraturas; Neuropatia Radial

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