OBJETIVO: Identificar a ocorrência de quedas em idosos institucionalizados no Município de São Carlos (SP), descrever os fatores determinantes e verificar sua associação com a força de preensão manual. MÉTODOS: Participaram do estudo 61 idosos institucionalizados (31 homens e 30 mulheres) que foram avaliados quanto à força de preensão manual e entrevistados quanto a eventos de queda e possíveis fatores determinantes. RESULTADOS: Verificou-se que 54,1% haviam sofrido pelo menos uma queda no ano que antecedeu a entrevista e que a incapacidade de assistir televisão possui correlação significativa com o índice de quedas (p=0,05), ao contrário das demais atividades funcionais estudadas (deambular, tomar banho e sentar sem auxílio), dor e doenças. Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as médias de idade dos idosos que já haviam caído (76,76 anos, ±9,17) e dos que não haviam caído (71,05 anos, ±8,67); e entre as médias de força de preensão manual de idosos que já haviam caído (19,37 kgf, ±8,92) e dos que não haviam caído (25,45 kgf, ±12,14). A análise de variância não mostrou diferença no número de quedas sofridas entre homens e mulheres. CONCLUSÕES: Houve alta incidência de quedas em idosos institucionalizados no município estudado, sendo que os idosos com menor força de preensão manual, os mais velhos e os incapazes de assistir televisão se mostraram mais propensos a sofrer quedas.
Acidentes por quedas; Idosos; Institucionalização; Força muscular