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AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DO PÉ ARTROGRIPÓTICO: SEGUIMENTO MÍNIMO DE 10 ANOS

RESUMO

Objetivo:

Avaliar pacientes com artrogripose submetidos a tratamento cirúrgico convencional com um mínimo de 10 anos de seguimento quanto aos aspectos clínicos, radiológicos e qualidade de vida, utilizando o questionário de 36 itens Short Form 36 (SF-36) e o Instrumento específico de Doenças (IED).

Método:

No estudo retrospectivo foram avaliados 33 pacientes, totalizando 64 pés operados.

Resultados:

A média de idade foi de 17,9 anos (12-39 anos), e o tempo médio do seguimento foi de 14,8 anos (11-17). A amioplasia representou 78,7% dos diagnósticos sindrômicos. A liberação posteromedial lateral isolada (LP MI) foi realizada em 21,8% dos pés, 27,2%, com cirurgia óssea adicional, e cerca de 50 pés (78,1%) foram submetidos a LPM (liberação póstero medial), encurtamento da coluna lateral e/ou talectomia. Foram realizadas 46 talectomias (71,8% dos pés), sendo em 44 o procedimento de primeira escolha. O questionário SF-36 evidneciou que 93,9% dos pacientes estavam sem dor restritiva e incapacitante, consideravam-se saudáveis, com boas expectativas para o futuro.

Conclusão:

Os pés artrogripóticos são de difícil tratamento, requerendo muitos procedimentos cirúrgicos recorrentes. A rigidez é uma característica comum desses pés e as deformidades residuais foram frequentes. Estudos futuros poderão mostrar se haverá diferença no resultado do tratamento desses pés aplicando a abordagem inicial atual, mais conservadora. Nível de Evidência: IV; Estudos Terapêuticos; Série de Casos.

Descritores:
Artrogripose; Pé torto; Qualidade de vida; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios

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