RESUMO
Objetivo
Analisar os dados clínicos e sociodemográficos das fraturas acetabulares em um hospital quaternário brasileiro e comparar com dados relatados na literatura.
Métodos:
Estudo epidemiológico, descritivo, analítico transversal, em que foram analisados 87 pacientes com fraturas acetabulares no Hospital São Paulo (UNIFESP/EPM) entre 2005 e 2016. Variáveis demográficas como idade, sexo, profissão, escolaridade e cor foram pesquisadas. As fraturas acetabulares foram classificadas conforme o grupo AO/OTA e conforme Judet e Letournel. A terapêutica, o tempo de internação e de espera para cirurgia bem como as complicações foram analisadas. Foram feitas associações entre as diversas variáveis obtidas.
Resultados:
A média de idade dos pacientes vítimas de fraturas do acetábulo foi de 39,8 anos (DP 13,1 anos). Houve predomínio das fraturas da parede posterior (34,5%) e dupla coluna (14,9%). Os pacientes ficaram, em média, 14,4 dias internados. Mais de 90% dos pacientes foram submetidos à abordagem cirúrgica. Um quarto dos pacientes tiveram complicações, sendo a principal, infecção (12,6%).
Conclusões:
Foi obtida uma amostra etária unimodal com predomínio de pacientes do sexo masculino, brancos e economicamente ativos. Houve um predomínio das fraturas da parede posterior. Mais de 90% dos pacientes foram operados antes dos 14 dias de internação. Constatou-se uma associação estatisticamente significante entre complicações e tempo excedido de permanência hospitalar. Nível de evidência II, Estudo retrospectivo.
Descritores:
Análise; Acetábulo; Fraturas ósseas; Lesões/complicações