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Fatores associados à capacidade funcional em pessoas idosas no serviço de emergência

Factores asociados a la capacidad funcional de personas mayores en servicios de emergencia

Resumo

Objetivo

Relacionar variáveis sociodemográficas, econômicas, clínicas e ter ou não cuidador, risco de queda e percepção do risco de quedas com a capacidade funcional em pessoas idosas em um Serviço de Emergência.

Métodos

Estudo transversal e analítico, realizado entre setembro de 2019 e março de 2020, no Serviço de Emergência, com 197 pessoas idosas. Foi aplicado questionário com informações sociodemográficas, econômicas e clínicas; e os instrumentos: Falls Risk Awareness Questionnaire, Morse Falls Scale, Índice de Katz e Escala de Lawton. Para comparar o Índice de Katz e a Escala de Lawton; e associar a Morse Falls Scale com as variáveis contínuas foram utilizados, respectivamente, o teste de Kruskal Wallis e o coeficiente de correlação de Spearman. Para associar Falls Risk Awareness Questionnaire com as variáveis categóricas utilizou-se o teste de Mann-Whitney e o teste de Kruskal Wallis.

Resultados

Os nãos letrados (p<0,0001) e com menor renda (p=0,0446) tiveram menor escore no Índice de Katz, isto é, apresentaram maior percentual de totalmente dependentes. Os divorciados (p=0,0004) e sem cuidador (p<0,0001) apresentaram maior escore na Escala de Lawton, ou seja, maior grau de independência. A maior percepção dos riscos de queda (p=0,0403) associou-se à menor independência para as atividades instrumentais de vida diária. O risco baixo de quedas (p<0,0001) associou-se à maior independência para as atividades instrumentais de vida diária. Não houve associação entre percepção do risco de queda (p=0,2693) e risco de queda (p=0,4984) com o Índice de Katz.

Conclusão

A menor escolaridade e renda associaram-se com a dependência para atividades de vida diária. Ser divorciado e não ter cuidador associaram-se com a independência para atividades instrumentais de vida diária. Não houve associação entre a percepção do risco de queda e o risco de queda com as atividades de vida diária. A maior percepção dos riscos de queda associou-se à menor independência e o risco baixo de quedas associou-se à maior independência para as atividades instrumentais de vida diária.

Acidentes por queda; Idoso; Fatores de risco; Serviço hospitalar de emergência; Atividades cotidianas; Envelhecimento; Cuidadores; Inquéritos e questionários

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