Krebs, Madigan, Tullai-McGuinness(18)
|
2008/ EUA |
Estudo observacional analítico/ Nível VI |
-
Noventa e sete (63%) enfermeiros preencheram os questionários. Desses profissionais, 33 (34%) correspondiam ao setor de emergência.
-
Objetivo: examinar o ambiente de trabalho do enfermeiro em áreas rurais em todos os ambientes, descrevendo a relação entre o empoderamento estrutural e as características do ambiente de trabalho do enfermeiro.
|
-
A média encontrada em relação ao instrumento de empoderamento foi de 18,60 com desvio-padrão de 2,86 dentre os profissionais atuantes na emergência. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os enfermeiros da emergência com os outros dois setores em análise do estudo - assistência domiciliar e enfermeiros das unidades médico/cirúrgicas.
-
Correlação positiva entre o ambiente de trabalho do enfermeiro na emergência e o nível de empoderamento estrutural.
-
Em relação aos domínios desses mesmos profissionais, foram obtidos os valores (média; desvio-padrão): Oportunidade (3,94; 0,80); Informação (2,86; 0,94); Suporte (2,66; 0,66); Recursos (2,88; 0,64); Poder formal (2,85; 0,58); Poder informal (3,41; 0,71); e Empoderamento global (3,18; 0,76).
-
Conclusões: os achados do presente estudo demonstraram uma correlação positiva entre o ambiente de trabalho do enfermeiro no meio rural (em diversos setores, a incluir a emergência) e o nível de empoderamento estrutural dos enfermeiros.
|
Young-Ritchie, Spence Laschinger, Wong(4)
|
2009/ Canadá |
Pesquisa não experimental preditiva para testar o modelo hipotético/ Nível VI |
-
Amostra aleatória de 300 enfermeiros de departamentos de emergência (DE) em hospitais de cuidados agudos.
-
Objetivo: testar um modelo acerca da percepção dos enfermeiros sobre o comportamento de liderança emocionalmente inteligente de seus líderes de linha de frente ao empoderamento estrutural e ao comprometimento organizacional.
|
-
Os enfermeiros da equipe de emergência perceberam que seu ambiente de trabalho era apenas moderadamente empoderador (M=18,36, DP=3,22).
-
Em relação às dimensões do empoderamento, os enfermeiros nessa amostra perceberam (média; desvio-padrão): Oportunidade (4,26; 0,70); Poder informal (3,48; 0,77); Informação (2,76; 0,85); e Suporte (2,72; 0,91). As dimensões menos empoderadas foram: o Acesso ao Poder Formal (2,50; 0,82) e os Recursos (2,67; 0,73).
-
O comportamento de liderança emocionalmente inteligente teve um forte efeito no empoderamento estrutural (β=0,54) que, por sua vez, teve um efeito direto no comprometimento afetivo (β=0,61). Acesso a Apoio e Poder Formal foram mais fortemente relacionados à inteligência emocional gerencial geral (r=0,53e p=0,40, respectivamente), e acesso a Oportunidades menos fortemente (r=0,16, p<0,05).
-
Conclusões: a percepção acerca do empoderamento dos enfermeiros sofreu bastante influência do comportamento de liderança emocionalmente inteligente e consequentemente teve impacto sobreseu comprometimento organizacional.
|
Fitzpatrick, Campo, Gacki-Smith(11) |
2014/ EUA |
Estudo descritivo/ Nível VI |
-
A amostra total foi composta por 2.633 participantes.
-
Objetivo: determinar as diferenças entre enfermeiras certificadas e não certificadas em emergência na percepção de empoderamento estrutural, rotatividade, intenção de deixar o cargo atual e intenção de deixar a profissão de enfermagem.
|
-
Houve diferença estatística entre os enfermeiros que possuíam certificação de emergência e aqueles que não possuíam, com relação ao poder formal (t=–3,24, p=0,001). No entanto, não houve diferenças estatisticamente significativas nas outras subescalas (Oportunidade, Informação, Apoio, Recursos e Poder informal) e escores totais de empoderamento. Os participantes que relataram trabalhar em tempo integral apresentaram níveis mais altos de empoderamento do que aqueles que trabalhavam em meio período nas subescalas de Oportunidade (t = 2,01, p=0,04), Informação (t=4,58, p<0,001), Apoio (t=1,96, p=0,05), Poder formal (t=3,87, p<0,001) e Empoderamento total (t=3,18, p=0,001).
-
A única diferença significativa nos escores de empoderamento com base no gênero foi na subescala de Oportunidade (t=–2,68, p=0,01); as mulheres perceberam mais oportunidades.
-
A função dos enfermeiros de emergência foi avaliada e delineada em quatro categorias: enfermeiros de equipes, gerente/supervisor/diretor, enfermeiro de prática avançada e outros. Houve diferenças significativas entre os grupos em todas as subescalas e escores totais de empoderamento, exceto para recurso, sendo que os enfermeiros de equipes tiveram pontuações em todas as subescalas, exceto na subescala de recursos.
-
Conclusões: houve diferenças estatisticamente significativas entre enfermeiros da emergência considerando-se a certificação, em várias dimensões do empoderamento.
|
Connolly, Jacobs, Scott(19)
|
2018/ Nova Zelândia |
Estudo descritivo método misto/ Nível VI |
-
De um total de 112 enfermeiros de um departamento de emergência convidados a participar do estudo, apenas um total de 37 profissionais preencheram os questionários.
-
Objetivo: examinar a liderança clínica de enfermeiros em um departamento de emergência e a importância de que os enfermeiros se sintam empoderados psicológica e estruturalmente para atuarem como líderes clínicos.
|
-
Não foi evidenciado relação estatisticamente significativa entre a liderança clínica e o empoderamento estrutural.
-
Em relação aos domínios desses mesmos profissionais, foram obtidos os valores (média; desvio-padrão): Oportunidade (3,92; 0,66); Informação (2,77; 0,87); Suporte (2,61; 0,85); Recursos (2,41; 0,65); Poder formal (2,35; 0,71); Poder informal (3,21; 0,53); e Escore total da escala de Empoderamento estrutural (13,36; 2,38).
-
Conclusões: os resultados gerais mostraram que a maioria dos enfermeiros de emergência sentia que executavam comportamentos de liderança clínica, mas que sua capacidade de atuarem como líderes clínicos era limitada pela falta de empoderamento estrutural.
|
Alhalal, Alrashidi, Alanazi(20)
|
2020/ Arábia Saudita |
Estudo observacional analítico/ Nível VI |
-
Amostragem aleatória de 255 enfermeiros de cinco hospitais que prestam serviços de cuidados intensivos na Arábia Saudita, dentro os quais 96 (37,6%) são “enfermeiros de emergência” (Emergency nurses).
-
Objetivo: avaliar os preditores da prestação de cuidados centrados no paciente entre enfermeiros que trabalham em um ambiente de cuidados agudos, dentre eles o empoderamento estrutural.
|
-
A média obtida pelo instrumento de empoderamento foi de 14,83 com desvio-padrão de 3,47 para os enfermeiros atuantes nas unidades de emergência. A regressão linear múltipla revelou que empoderamento estrutural (β=0,273 [95%]; IC: [0,462–1,427]) conjuntamente com a satisfação por compaixão e burnout explicaram a variação significativa (27,5%) na prestação de cuidados centrados no paciente por enfermeiros.
-
Conclusões: em um aspecto mais global do estudo, a regressão linear múltipla demonstrou que menor esgotamento, maior satisfação por compaixão e empoderamento estrutural aumentam a prestação de cuidados centrados no paciente pelos enfermeiros.
|
Torquetti, Camponogara, Schneider, Freitas, Moura, Miorin(12)
|
2021/ Brasil |
Estudo descritivo de método misto/ Nível VI |
-
Enfermeiros que desempenham atividades assistenciais no contexto do pronto socorro adulto (21 enfermeiros na pesquisa quantitativa e 14 na qualitativa).
-
Objetivo: avaliar o empoderamento estrutural de enfermeiros atuantes em pronto-socorro.
|
-
Considerando as dimensões do empoderamento observou-se (média; desvio-padrão): Oportunidade (4,54; 0,6); Poder informal (3,12; 1,0); Recursos (2,82; 0,8); Suporte (2,58; 1,1); Poder formal (2,56; 1,0); e Informação (2,54; 1,0). O instrumento como um todo apresentou média=18,16 e DP=0,9, denotando assim um nível moderado de empoderamento. Na perspectiva sobre os dados qualitativos perceberam-se pontos negativos que necessitam serem aprimorados.
-
Em contrapartida, foi descrita a existência de pontos positivos e que favoreceram o empoderamento: oportunidade de participar de projetos na unidade; bom relacionamento dos enfermeiros com a equipe de saúde; acesso ao suporte, no que diz respeito a orientações ofertadas pela chefia em situações consideradas mais complexas; e capacidade de tomada de decisões voltadas ao cuidado direto ao usuário e a questões relacionadas à rotina da unidade.
-
Conclusões: dado quantitativo: os enfermeiros possuíam um nível moderado de empoderamento estrutural. A dimensão “acesso à oportunidade” foi o constructo que apresentou maior valor; dado qualitativo: a dimensão poder informal foi percebida positivamente, ao passo que as dimensões oportunidade, informações, recursos, suporte e poder formal foram percebidas como insuficientes.
|