Resumo
Objetivo
Analisar a prevalência e os fatores associados a sintomas depressivos na gestação e sua relação com a prática do aleitamento materno exclusivo por seis meses.
Métodos
Estudo longitudinal, analítico e exploratório, conduzido em duas etapas. Na primeira realizou-se um estudo transversal aninhado a uma coorte, no qual foi investigada a depressão na gravidez. A segunda etapa foi realizada seis meses após o parto para verificar a relação entre sintomas depressivos na gestação e aleitamento materno exclusivo. Foi conduzido em município do estado do Paraná, no período de outubro de 2019 a novembro de 2020, com a participação de 150 mulheres entrevistadas no terceiro trimestre de gestação e novamente seis meses após o parto. Os dados foram analisados por estatística descritiva e regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados
A prevalência de sintomas depressivos foi 32,7%. A depressão apresentou associação significativa com não trabalhar fora, não ficar feliz com a gravidez e idealizar o aborto. Não foi observada associação entre sintomas depressivos e tempo de aleitamento materno exclusivo.
Conclusão
A prevalência de sintomas depressivos durante a gravidez foi elevada e explicada por fatores passiveis de modificação, que ao serem identificados precocemente podem contribuir com a implementação de intervenções que resultem em melhores desfechos para a mulher no período gravídico e puerperal.
Aleitamento materno; Depressão; Escalas de graduação psiquiátrica; Gravidez; Saúde materna