Resumo
Objetivo
Verificar a prevalência e os fatores associados ao ganho de peso excessivo na gestação.
Métodos
Estudo transversal, realizado em município do interior do sul do Brasil, com 462 mulheres que tiveram parto financiado pelo Sistema Único de Saúde. Coletado dados sociodemográficos, antropométricos, obstétricos, hábitos alimentares e prática de atividade física. Realizou-se análise estatística bivariada (Qui-quadrado) e múltipla por meio de modelo de regressão logística.
Resultados
Participaram deste estudo, predominantemente, mulheres casadas/ em união estável, maiores de 25 anos e das classes econômicas C, D ou E. A prevalência de ganho de peso excessivo na gestação foi de 38,3%. As mulheres com renda per capita menor que um salário-mínimo apresentaram menor frequência de ganho de peso excessivo na gestação (p=0,020). Já as gestantes que referiram planejar a gestação (p=0,048), que tinham excesso de peso pré-gestacional (p<0,001), que aumentaram a ingesta alimentar (p<0,001) e que consumiram produtos industrializados mais do que três vezes por semana (p=0,002) foram as que apresentaram maior frequência de ganho de peso excessivo.
Conclusão
A prevalência de ganho de peso gestacional excessivo foi de 38,3% e esteve associada à maior renda per capita, gestação planejada, excesso de peso pré-gestacional, aumento da ingesta alimentar e maior frequência semanal no consumo de produtos industrializados.
Ganho de peso; Gravidez; Alterações do peso corporal; Saúde da mulher; Atenção primária à saúde