A criação e implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe vitórias como a universalidade, equidade e integralidade na assistência como um dever do Estado. Diversas estratégias foram concebidas, inclusive o Programa de Saúde da Família que em teoria re-significaria a atenção primária no âmbito do SUS. No entanto, deficiências na formação universitária do enfermeiro, do médico e do odontólogo são constatadas pela dificuldade destes profissionais no redirecionamento das ações enfocando a família e promoção da saúde, dentro da necessidade de atuação integral. Neste ínterim, a temática da humanização do atendimento torna-se um emblema privilegiado do paradoxo. Os autores debatem estas questões através do uso de revisão narrativa, promovendo reflexão sobre o marco teórico freireano como caminho na formação universitária para superação destes dilemas na consecução do SUS de acordo com seus ideais e princípios.
Sistemas de saúde; Saúde da família; Educação superior; Formação de recursos humanos; Enfermagem; Medicina; Odontologia