Open-access Lo “NUEVO” de la COVID-19: impactos en la salud mental de profesionales de enfermería

ape Acta Paulista de Enfermagem Acta Paul Enferm. 0103-2100 1982-0194 Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo Resumen Objetivo: Comprender los impactos en la salud mental de profesionales de enfermería frente a las interacciones cono lo “nuevo” de la pandemia de COVID-19. Métodos: Recorte cualitativo, de la macroinvestigación “Estudo VidaMenta/Covid-19”, realizado con 719 profesionales de enfermería residentes en Brasil. La recolección de datos fue realizada en ambiente virtual con la aplicación de la técnica bola de nieve . Para el análisis metodológico se utilizó el Discurso del Sujeto Colectivo, y para la interpretación teórica y filosófica se recurrió a elementos del Interaccionismo Simbólico. Resultados: El discurso colectivo evidenció que la salud mental de profesionales de enfermería estuvo afectada por: interacciones con lo “nuevo” con elaboración de significados atribuidos a la pandemia; interacciones con el cuidado de enfermería relacionadas con la atención a pacientes, e interacciones con el trabajo determinadas por las relaciones profesionales e institucionales. Conclusión: Los resultados confirman que hay impactos en la salud mental de profesionales de enfermería en el contexto de la pandemia de COVID-19, que se manifiestan a partir de la interacción con lo “nuevo”. Esta interacción trae consigo el advenimiento de un “cuidado de enfermería pandémico”, impregnado de especificidades que surgieron, y presenta una posibilidad de cambio de paradigma de las directrices de formación en enfermería, en los avances tecnológicos de enseñanza-aprendizaje y en la práctica profesional. Introdução A pandemia da COVID-19 é considerada a maior emergência de saúde pública enfrentada pela comunidade internacional em décadas.(1,2) A rápida e elevada disseminação do SARS-CoV-2 modificou o cotidiano da população e afetou o trabalho em saúde, com expressividade para a Enfermagem, causando repercussões psicossociais.(3,4) Em caráter danoso a pandemia da COVID-19 provocou até o dia 08 de maio de 2020 a morte de 98 profissionais de Enfermagem. Até esta data já eram mais de 3 mil profissionais infectados pelo SARS-CoV-2, que somados aos casos suspeitos, ultrapassam a marca de 11 mil notificações reportadas ao Conselho Federal de Enfermagem brasileiro e com vasto número de afastamento do trabalho. A partir dos dados emitidos pelo Conselho Federal de Enfermagem brasileiro, o número de profissionais de Enfermagem que morreram no Brasil ultrapassaram países como a Espanha, a Itália e os Estados Unidos.(5,6) Por serem o maior contingente da força de trabalho em saúde e estarem na “linha de frente” da assistência à COVID-19, profissionais de Enfermagem foram postos em evidência, migrando de um status de desvalorização ao de heroi. No entanto, se reconhece o adoecimento mental desses profissionais, com elevação da ansiedade, medo e dor diante da convivência com a morte de pacientes e colegas no ambiente de trabalho, agravado pelo risco elevado de exposição à infecção, de transmissão do vírus para familiares, condições precarizadas de trabalho, reduzida proteção social, insegurança no trabalho e desconhecimento para lidar com o ‘novo’ e o ‘imprevisível’.(7–9) Mediante ao processo de interação social presente no advento e no prolongamento da COVID-19, os profissionais de Enfermagem estão vivenciando significativos impactos na saúde mental. Já tem sido observados comprometimentos na força de trabalho, com reflexos nos anos potenciais perdidos, desordem psíquica, estresse pós-traumático.(10,11) Face a este cenário preocupante, a atenção e vigilância deve ser potencializada por parte de agentes públicos, governantes e gestores, a fim de garantir a proteção à vida e a saúde e estabelecer ações eficazes no enfrentamento dos efeitos deletérios na saúde mental desta categoria.(11) Diante disso, o questionamento condutor deste estudo foi: como profissionais de Enfermagem interagem com o ‘novo’ da pandemia da COVID-19 e quais são os impactos na saúde mental advindos dessa interação? Assim, o estudo tem como objetivo apreender os impactos na saúde mental de profissionais de Enfermagem face às interações com o ‘novo’ da pandemia da COVID-19. Métodos Trata-se de recorte qualitativo, de uma macropesquisa intitulada: “Saúde mental de profissionais de enfermagem do Brasil - Estudo VidaMental/Covid-19”, realizado com 719 profissionais de Enfermagem residentes no Brasil. A pesquisa foi realizada em ambiência virtual, por meio de formulário do Google Forms , elaborado e validado previamente por sete pesquisadores com expertise na área e um profissional vinculado ao serviço de atendimento à pessoa com a COVID-19. O questionário foi composto de 41 questões fechadas sobre a caracterização sociodemográfica/laboral/saúde e, uma questão aberta acerca dos sentimentos diante do contexto da pandemia da COVID-19, a qual foi utilizada para análise neste artigo, a saber: Fale-nos sobre as suas vivências e sentimentos ao longo do contexto da pandemia COVID-19? A coleta de dados ocorreu entre abril e junho de 2020, pela técnica snowball sampling - bola de neve, a qual possibilitou realizar o recrutamento consecutivo de participantes para o estudo, para o alcance das amostras iniciais e das ondas amostrais subsequentes. Para o recrutamento valeu-se da publicização no Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp e correios eletrônicos. Previamente a análise, os questionamentos foram checados quanto à duplicidade e incompletudes. Do total apreendido, cinco foram descartados pelas razões anteriores mencionadas. Por se tratar de dados obtidos em ferramentas digitais, preservou-se a identificação dos participantes. Desse modo, nenhum dado pessoal que gerasse a exposição individual foi solicitado. Ademais, aportou-se critérios de segurança e proteção virtual dos dados, a partir do emprego de códigos, zipagem de pastas e manipulação em dispositivos protegidos por senhas. A amostra foi intencional e adotou-se cinco passos: registro de dados brutos, a imersão nos dados, a alocação dos temas com a construção da grade de saturação, na qual os principais elementos do discurso foram listados e observado a recorrência das informações, como critérios de saturação teórica, em razão do quantitativo elevado de respostas oriundas da pesquisa matriz. Para tanto, empregamos a leitura linha a linha, busca por coocorrências, convergências, complementariedades e densidade teórica dos dados.(12) Faz-se saber que a saturação teórica dos dados ocorreu a partir do recolhimento das respostas apreendidas no mês de junho de 2020. No que tange à seleção da amostra, elegeu-se como critérios de inclusão: ser profissional de Enfermagem, residente no Brasil, em vivência da pandemia da COVID-19. Os critérios de exclusão foram: se encontrar em viagem internacional e/ou em trânsito entre o Brasil e outros países no período da coleta de dados. Destarte, no tocante à saturação teórica, empregou-se-a no momento de análise dos achados revelados após o processamento junto ao Software IRaMuTeQ®, recurso colaborativo da sistematização dos dados, que identificou a frequência de palavras, processo que foi direcionado pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Ao tomar como base o método do DSC, procedeu-se com a localização das Expressões Chaves e das Ideias Centrais de uma representação coletiva.(13) Destarte, o emprego do DSC possibilitou reconhecer as categorias analíticas mediante as premissas próprias do método. Além mais, os dados analisados foram interpretados pelos fundamentos do Interacionismo Simbólico (IS),(14) que tem como paradigma as pessoas e sua inserção e interação com/no mundo social. A partir da localização das Ideias Centrais, buscou-se apreender as ancoragens, que foram interpretadas à luz do IS, a partir das suas premissas essenciais. A categorização está representada no infográfico realizado na ferramenta das Coggle ®. Para a categorização, tomou-se como base a leitura linha a linha, apreensão das coocorrências, convergências e complementaridades, que foram guiadas pelo método do DSC. Adotou-se os critérios do COREQ(15) e o estudo atendeu a todas as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos. Resultados Participaram do estudo profissionais de Enfermagem - a maioria Enfermeiras(os) e Técnicas(os) de Enfermagem, que atuavam na assistência direta (65,6%), com tempo de formação profissional médio de 14 anos e residentes nas cinco regiões do Brasil. A maioria eram mulheres 626 (87,1%) e se encontravam com faixa etária média entre 25 a 45 anos. Casadas 292 (40,6%) e de raça/cor autoreferida branca 343 (47,7%). O discurso coletivo evidenciou que a saúde mental de profissionais de Enfermagem foi afetada pelas interações com o ‘novo’, advindo da pandemia da COVID-19. A representação coletiva dos discursos elaborados dos significados atribuídos pelos participantes aos termos/ palavras foram: pandemia, Coronavírus, COVID-19, exposição, suspeito, pacientes, atendimento, profissionais, instituições, setores, fazer e processo de trabalho, não restritos apenas à pandemia em si, mas tudo que advém do processo histórico das suas interações no cotidiano do trabalho, apresentadas nos discursos-sínteses que se ancoram em suas respectivas idéias centrais. De acordo com a figura 1 , o trabalho de profissionais de Enfermagem tem centralidade em seus relatos e se articula com as exigências e necessidades para o exercício do cuidado dos pacientes, bem como expõe as interfaces do “como” o agir profissional se processa no contexto de carências e não proteção da situação pandêmica. Figura 1 Árvore de Similitude com as palavras mais evocadas pelos profissionais de Enfermagem A estrutura da categorização dos achados expressos nos discursos-sínteses e suas Ideias Centrais se encontram representadas na figura 2 . Figura 2 Estruturação das categorias analíticas do Discurso do Sujeito Coletivo do fenômeno investigado Discursos-síntese 01: A interação com o ‘novo’ A interação com o contexto pandêmico e da COVID-19 emergiu no discurso coletivo e demonstrou o caráter de especificidade da atuação da Enfermagem no Brasil, não vivenciada neste século. Nesta interação, ao avançar no conhecimento sobre o vírus e a nova doença, profissionais de Enfermagem constataram a complexidade da virulência e vivenciaram a dificuldade de lidar com o ‘novo’, o que deflagrou sentimentos negativos: “[…] infelizmente estamos lidando com uma situação única, com um vírus novo e, como profissional de saúde na “linha de frente”, fico apreensiva(o), assustada(o) e desesperada(o) frente aos novos acontecimentos relacionados a COVID-19. O vírus é devastador, sinto insegurança, vulnerabilidade e pequena(o) para enfrentar à COVID-19. Mesmo buscando conhecimento sobre a doença, o contágio e os cuidados a serem desempenhados no trabalho, me sinto impotente.” (DSC). Os significados se constituíram nas interações sociais com os seus pares no ambiente profissional e estão ancorados no medo da ‘exposição’, decorrente da insegurança no trabalho, pela ausência de capacitação para lidar com o inédito e, receio da continuidade de desvalor da profissão: “[…] estou exposta(o) a muitas horas de trabalho junto aos pacientes com a COVID-19. Falta segurança no trabalho e capacitações. Me sinto despreparada, não sabemos como atender pacientes com Covid-19 e se as medidas de proteção estão sendo realizadas de maneira adequada. A pandemia surgiu no ano da valorização da Enfermagem, mas estamos sofrendo sem saber se seremos novamente esquecidos quando tudo passar.” (DSC). A pandemia provocou a adoção de novas atitudes e mudanças de comportamento tanto para proteção do próprio profissional e de sua família, como medidas de contenção econômica: “[…] eu precisei me isolar em casa, em um quarto separado e ter que adotar cuidados mais rigorosos de higienização antes e após o trabalho. Passei também a tomar medidas de segurança para poder continuar trabalhando. Busquei ajudar as pessoas mais necessitadas, economizar no consumo de água, evitar o desperdício de alimentos e organizar as finanças.” (DSC). Na interação entre o profissional de Enfermagem e o ‘suspeito’ de contaminação pela COVID-19, seja paciente ou profissional, construiu-se o imaginário simbólico da pandemia, o qual é permeado por contradições entre medo do contato e satisfação em prestar o cuidado. O ineditismo do contexto vivenciado pela categoria gera multiplicidade de sensações que revelam o “não dito”, expressas em metáforas para nominarem o que não conhecem ou não sabem como descrever: “[…] a Enfermagem será “alma” da assistência nessa nova situação, tem também me deixado no “fundo do poço”, me fazendo sentir um “robô” e um “lixo”. Atender pacientes suspeitos e confirmados de COVID-19 gera diversas sensações. De um lado sinto gratidão por estar trabalhando, contribuir profissionalmente. Por outro lado, sinto apreensão, frustração, impotência e raiva por conviver com a incerteza de não saber quem é suspeito para o Coronavírus, sejam os pacientes, colegas de trabalho e até eu mesma(o).” (DSC). Discursos-síntese 02: A interação com o cuidado de Enfermagem A interação de profissionais de Enfermagem com os pacientes na realização do cuidado está permeada por sentimentos de medo diante dos que adoecem/sofrem; pelo desconhecimento da doença, que provoca recusa para o atendimento e excessiva emotividade; pelo receio em esquecer os procedimentos e técnicas de proteção e segurança; por não estarem instrumentalizados para o cuidado e, pelo temor de estarem na “linha de frente” do atendimento aos pacientes: “[…] a relação direta de estar na “linha de frente” me apavora e gera o temor pelo “novo” e por não saber o que poderá acontecer num futuro próximo. Muitos colegas de trabalho ficaram histéricos, alguns até se negaram a atender os pacientes da COVID-19. Eu atuo na assistência direta aos pacientes, mas sinto medo todos os dias. Medo de esquecer as normas e protocolos para atendimento, medo de adoecer e de contaminar alguém, como os familiares e, o medo de não dar conta do meu trabalho.” (DSC). Nesse campo simbólico interacional, a relação entre prestar o atendimento aos pacientes com COVID-19 e sentimentos de aflição frente à possibilidade de mudar da condição de profissional para paciente, diante do risco da contaminação, da morte e da convalescência de colegas de trabalho, revela situações de sobrecarga emocional e física desses profissionais que prestam cuidado no contexto pandêmico, que privam de realizarem suas necessidades básicas: “[…] o atendimento envolve uma atividade profissional de elevado contato e exposição e, muitos colegas necessitaram se afastar do trabalho por estarem com a COVID-19. Outros até vieram a falecer, o que gera apreensão e exaustão física e emocional. Preocupo com o atendimento dos pacientes com a COVID-19, me dedico intensamente, busco fazer o melhor, mas há momentos que temo adoecer e tornar paciente. Quase nunca posso parar para beber água e usar o sanitário. Fico muitas horas com os EPI, sem ter local adequado para tomar banho após o plantão, realizar a paramentação e desparamentação e ainda lidar com a sobrecarga de trabalho. Tenho pouca confiança nas melhorias para a profissão de Enfermagem.” (DSC). A interação de profissionais de Enfermagem com a população ao prestar atendimento com/na pandemia foi permeada pelo reconhecimento e notoriedade da categoria profissional na produção do cuidado. Entretanto, os relatos apontam também situações de violência, discriminação, estigma e desrespeito ao isolamento social pela população, que dificultam o exercício profissional: “[…] o atendimento aos pacientes fica comprometido pois tenho vivido momentos de angústia. Sofro agressões. Presencio a falta de empatia de muitos pacientes e familiares, que não reconhecem o desafio enfrentado. A convivência com a violência tem sido mais próxima/frequente com a pandemia. As pessoas reagem negativamente por trabalharmos com a COVID-19. Emociono com o reconhecimento, mas entristeço com a discriminação, falta de amor, compaixão e o não cumprimento do isolamento social, o que torna o trabalho de Enfermagem ainda mais difícil.” (DSC). Nas interações de profissionais de Enfermagem com o paciente ao prestarem atendimento/assistência durante o contexto pandêmico, há satisfação e sensação de dever cumprido, além de adoção de novos modos de trabalho: “[…] há também o sentimento de prazer, de dever cumprido, em poder prestar assistência aos pacientes que tanto precisam e contam comigo. Agora eu também atuo com o teleatendimento, o que é novo, mas que estou tendo contato.” (DSC). Discursos-síntese 03: A interação com o cotidiano do trabalho Quando as situações adversas geradas pela pandemia passam a tecer influências sobre o cuidado de profissionais de Enfermagem, especialmente no âmbito da relação da categoria junto às instituições de saúde e setores de trabalho, relacionadas à ingerência e irresponsabilidade organizacional que não garantem a segurança profissional para prestarem cuidado com qualidade, emergem sentimentos de insatisfação pela ausência de acolhimento/apoio emocional e psicossocial: “[…] mesmo a transformação provocada pela pandemia tive que lidar com a falta de máscara, como atuar na “linha de frente” com essas condições? Falta gerência no trabalho, pois além de atender, eu ainda tenho que treinar funcionários que nunca trabalharam na assistência e isso me sobrecarrega e afeta a qualidade do atendimento. Irresponsabilidade para lidar com o número elevado de casos da doença, e falta de apoio psicológico.” (DSC). A relação com os setores de trabalho está permeada por mudanças inesperadas de postos de trabalho para o desempenho de diferentes e novas atribuições, reapropriação célere de novos conhecimentos, o que transformou as rotinas de trabalho, ao priorizar outras demandas advindas da COVID-19: “[…] precisei cuidar de pacientes graves e com necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva, mesmo sem ter sido treinada(o) e nunca ter trabalhado naquele setor. Os treinamentos que ocorreram foram rápidos e superficiais e muitas pessoas recém admitidas foram convocadas para atuar. Preciso lidar com os desafios do trabalho em equipe, com a chegada de inúmeros pacientes com a COVID-19, gerando lacunas no atendimento. Tive que priorizar o atendimento de pacientes com situações críticas. Houve transformações das rotinas de trabalho, escalas de serviço e distanciamento social.” (DSC). Ao analisar simbolicamente a interação de profissionais de Enfermagem junto aos setores e às condições de trabalho das quais são submetidos com a COVID-19, intensificaram problemáticas laborais. A categoria profissional conviveu com desarranjos, inadaptações, alteração de rotinas, escassez de materiais, sobrecarga de trabalho e condições insalubres, aspectos que desencadearam insegurança e impactaram no bem-estar psicossocial: “[…] tive que lidar com a insalubridade, exposição elevada à contaminação pelo Coronavírus, e aumento do tempo de permanência no trabalho. Esses problemas institucionais não são novos, o ‘novo’ é a chegada da COVID-19 que intensificou as falta de condições dignas de trabalho e não atenção para os profissionais. É um cenário novo e difícil. É humanamente impossível um profissional de Enfermagem sozinho, atender vinte pacientes, sem uma equipe completa e com insuficiência de materiais. Me aflige, gera impotência, insatisfação e não há reconhecimento financeiro e social.” (DSC). A insegurança no ambiente de trabalho provocada pela pandemia trouxe sentimentos de ansiedade, angústia, conflitos de decisão, desesperança, insatisfação e vivência constante do medo, que muitas vezes não são valorizados pelos próprios pares: “[…] o ambiente de trabalho se transformou em local de medo da contaminação, que “ronda” e preocupa a todo instante. Estamos em risco, não há testagem. Há angústia, insegurança e medo. Tenho sentido ataques de ansiedade e depressão, mas escondo. Isso tem contribuído para um “quadro” de medo e pânico no trabalho. Os comentários negativos vindo dos próprios profissionais, abala, desanima e desencoraja. Quando necessito contar com um apoio psicológico, sou taxada(o) como louca(o), principalmente por parte das coordenações, o que faz me sentir um “lixo””. (DSC). Discussão Este estudo apresenta como limitação o fato da coleta de dados ter sido conduzida virtualmente, o que impossibilitou empregar mais questões que norteassem o aprofundamento dos significados do objeto investigado. Contudo, apreendeu-se a relação estabelecida pelos profissionais de Enfermagem na interação com o ‘novo’ da Pandemia, os significados atribuídos à nova realidade de trabalho constituídos nas interações com os pacientes, a COVID-19 e os seus pares e as evidências de impactos à saúde mental dessa categoria inserida em um diferente mundo social. Os achados revelam os impactos na saúde mental dos profissionais de Enfermagem face à interação com o medo do ‘novo’ da pandemia. Elucidou-se que os significados e as ações sociais estão permeadas pelo medo. Reconheceu-se o desafio no enfrentamento profissional do desconhecido e a deflagração de sinais ansiogênicos e depressivos. Localizou-se fenômenos interacionais que estão compondo o novo cenário pandêmico e as suas influências frente ao sofrimento profissional. Essas revelações são corroboradas com a literatura,(3,4,13,14) maior atenção e vigilância deve ser direcionada por parte de gestores, coordenadores, educadores em serviço, equipes de suporte psicossocial para com as profissionais de Enfermagem, que estão intimamente lidando com os novos contextos emergidos com a pandemia da Covid-19. Ao evidenciar a interação com o ‘novo’, notou-se que a significação que os profissionais atribuíram, ainda que se pareçam individuais, e particulares à dimensão do self , está a ocorrer mediante as inter-relações e interações com os repertórios pregressos e com os fenômenos novos.(12) Desse modo, importa atentar para os impactos provocados pelas interações com fenômenos novos e provocadores de desarranjos à situação de saúde mental dos profissionais de Enfermagem face ao fazer no coletivo do trabalho. Quando profissionais de Enfermagem são confrontados com o ‘novo’ da pandemia, são conduzidos a se deslocarem de um lugar comum e interagirem(12) com o contexto da COVID-19. Na interação profissional com o ‘novo’ cuidado de Enfermagem, significados e sentidos foram transversalizados pelas ambiguidades que marcam a posição de exercer a profissão e o estar vulnerável, o que provoca impactos diretos e contínuos na saúde mental. Os profissionais de enfermagem, enquanto atores sociais, em dada interação com o ‘novo’, expressam as “atividades encobertas” e que estão presentes no “comportamento externo”, simbolizadas por fenômenos como a “exposição”, “suspeito” e “paciente”, mobilizando os impactos à saúde mental desses profissionais.(12) A alta transmissibilidade da doença e a urgência em adotar medidas que promovam a segurança de profissionais que realizam assistência, os colocam em um cenário que integra maior suporte de atendimento, traduzido em maior exposição e elevado risco de contaminação.(15,16) Neste sentido, profissionais vivenciam em níveis elevados e constantes as sensações de medo, incerteza e insegurança na realização do cuidado. Os impactos na saúde mental de profissionais de Enfermagem revelados, em convergência com as premissas do IS,(12) parecem estar permeados por particularidades, e/ou que elucidam que os mesmos ocorrem restritos ao ambiente de trabalho assistencial. O olhar vigilante às particularidades existentes na interação com o ‘novo’ do contexto pandêmico, como os evidenciados neste estudo, permitirá a adoção de medidas coletivas que sejam eficazes na proteção da saúde mental dos profissionais de Enfermagem. No âmbito da interação com o cotidiano do trabalho, no envolvimento com ‘novo’, com as instituições, setores, com o fazer e com o processo de trabalho, o discurso revelou que os profissionais de Enfermagem as degradações pré-existentes na profissão, de baixa valorização e precariedade foram fortemente impactados por novas degradações, que se sobrepõem e por vezes descaracterizam o seu fazer, como reforçados na literatura.(5,15,16) Realidade que os expõem a condições de trabalho ainda mais impróprias, e retiram-lhes a garantia do alcance do bem-estar no trabalho e consequentemente o bem-estar psicológico, haja visto que a literatura científica já têm apontado os impactos secundários, como o TEPT.(3,5) O lugar simbólico pode ser reconhecido nos objetos, nas linguagens, nos símbolos, como vistos nos fenômenos “setores”, “processo de trabalho”, que recebe influências dos processos interpretativos, nos desdobramentos da tecitura social,(12) como, por exemplo, a comunicação midiática sobre a pandemia e as relações com o fazer da Enfermagem. Destaca-se as denúncias feitas pela categoria que evidenciam os desgastantes, as condições de trabalho e a potencialização do esgotamento físico e mental vivenciados.(16) A concretude dos dados discursivos evidenciados neste estudo expuseram a produção de sofrimento vivenciados pela categoria profissional de Enfermagem. Os significados atribuídos pela categoria investigada explicitam os efeitos deletérios ao bem-estar psicossocial e no trabalho e das repercussões negativas em distintas dimensões da vida, o que carece de atenção, vigilância, monitoramento e a criação de estratégias eficazes que sejam passíveis de garantir a proteção da integridade humana e da manutenção da qualidade de vida e da situação/condição de saúde desses profissionais.(10,11) Face a esse cenário, um cuidado integrativo em Enfermagem que considere as dimensões simbólicas no contexto social merece ser considerada.(17,19) Programas de promoção do cuidado em saúde mental necessitam ser implementados e fortalecidos. O rastreamento e monitoramento dos agravos na saúde mental dos profissionais de Enfermagem precisam ser efetivados. Conhecer de maneira acurada o ‘novo’ da pandemia da COVID-19 promove mais possibilidades de direcionamentos para a condução da prática de Enfermagem, tal como do estabelecimento das ações de proteção no âmbito do trabalho. Além do mais, possibilita guiar qualitativamente a instrumentalização dos profissionais de Enfermagem para adotarem as estratégias de enfrentamento mais adequadas, face à sua disposição, acesso e possibilidades. Vale destacar, que este estudo chama a atenção para a necessidade de apoiar a categoria de Enfermagem e estabelecer estratégias para ampliar a atuação dessas profissionais. Ressalta-se ainda que os achados trazem o advento de um ‘cuidado de Enfermagem pandêmico’, permeado por especificidades que emergiram com o ‘novo’ da COVID-19, e apresenta uma possibilidade mudança de paradigma para as diretrizes de formação em Enfermagem, nos avanços tecnológicos de ensino-aprendizagem e prática profissional, na regulação ética e legal da profissão. Inclui-se também na reorganização do processo de trabalho em Enfermagem, e estruturação institucional, surgimento de novas investigações clínicas, formulações diagnósticas e de linhas de pesquisa específicas. As contribuições deste estudo para a prática se expressam através da proposição do avanço do conhecimento científico de Enfermagem e o seu direcionamento no âmbito da saúde mental, que direcionam para um novo olhar sobre as possibilidades de implementação de ações que minimizem os impactos, garantam a proteção, integridade e dignidade humana e a melhoria das condições de trabalho, ainda mais emergenciais neste cenário. Conclusão O discurso coletivo dos profissionais de Enfermagem evidenciou que há impactos na saúde mental provocados pela interação com o ‘novo’ apresentado pela pandemia da COVID-19 e estão constituídos de elementos que se deram na interação, e que também se sobrepõem aos já vivenciados anteriormente, a saber: o ‘novo’, o coronavírus, a COVID-19, a deflagração de sentimentos negativos, as vulnerabilidades no fazer profissional - fragilidades na instrumentalização/execução técnica, risco de contaminação, exposição por estarem na “linha de frente, falhas na segurança, aproximação com a morte, medo, a precarização do trabalho e a falta de acolhimento/apoio emocional e psicossocial. Os achados alertam para a necessidade de apoiar a categoria no que se refere às questões psicossociais, à formação, aos avanços tecnológicos de ensino-aprendizagem e prática profissional, à regulação ética/legal, a organização do trabalho, estratégias para ampliar a atuação qualificada e protegida em cenários críticos e emergenciais como de uma pandemia. Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e ao Ministério da Saúde (MS). Chamada MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit nº 07/2020 - Pesquisas para enfrentamento da COVID-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves, pelo apoio financeiro, Processo nº 4011002020. Errata No artigo publicado na Acta Paul Enferm. 2021; 34:eAPE02523, Queiroz AM, Sousa AR, Moreira WC, Nóbrega MP, Santos MB, Barbossa LJ, et al; “O ‘NOVO’ da COVID-19: impactos na saúde mental de profissionais de enfermagem?”, os autores solicitaram publicar a seguinte errata: Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e ao Ministério da Saúde (MS). Chamada MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit nº 07/2020 - Pesquisas para enfrentamento da COVID-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves, pelo apoio financeiro, Processo nº 4011002020. Referências 1 World Health Organization (WHO) Statement on the second meeting of the international health regulations (2005) Emergency Committee regarding the outbreak of novel coronavirus (2019-nCoV). 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Acta Paul Enferm. 2020;33:e-EDT20200003. 10 Fernandes MA Ribeiro AA Salud mental y estrés ocupacional en trabajadores de la salud a la primera línea de la pandemia de COVID-19 Rev Cuidarte 2020 11 2 e1222 10. Fernandes MA, Ribeiro AA. Salud mental y estrés ocupacional en trabajadores de la salud a la primera línea de la pandemia de COVID-19. Rev Cuidarte. 2020;11(2):e1222. 11 Silva DA Pimentel RF Merces MC Covid-19 and the pandemic of fear: reflections on mental health Rev Saude Publica 2020 54 46 46 11. Silva DA, Pimentel RF, Merces MC. Covid-19 and the pandemic of fear: reflections on mental health. Rev Saude Publica. 2020;54:46. 12 Nascimento LC Souza TV OliveiraI IC Moraes JR Aguiar RC Silva LF Theoretical saturation in qualitative research: an experience report in interview with schoolchildren Rev Bras Enferm 2018 71 1 243 248 12. Nascimento LC, Souza TV, OliveiraI IC, Moraes JR, Aguiar RC, Silva LF. Theoretical saturation in qualitative research: an experience report in interview with schoolchildren. Rev Bras Enferm. 2018;71(1):243-8. 13 Lefevre F Lefevre AM Marques MC Discurso do sujeito coletivo, complexidade e auto-organização Ciênc Saúde Coletiva 2009 14 4 1193 1204 13. Lefevre F, Lefevre AM, Marques MC. Discurso do sujeito coletivo, complexidade e auto-organização. Ciênc Saúde Coletiva. 2009;14(4):1193-204. 14 Blumer H Symbolic interacionism: perspective and method USA University of California Press 1986 14. Blumer H. Symbolic interacionism: perspective and method. USA: University of California Press; 1986. 15 Pinto IF Campos CJ Siqueira C Investigação qualitativa: perspetiva geral e importância para as ciências da nutrição Acta Port Nutr 2018 14 30 34 Review 15. Pinto IF, Campos CJ, Siqueira C. Investigação qualitativa: perspetiva geral e importância para as ciências da nutrição. Acta Port Nutr. 2018;(14):30-4. Review. 16 Dal’Bosco EB Floriano LS Skupien SV Arcaro G Martins AR Anselmo AC Mental health of nursing in coping with COVID-19 at a regional university hospital Rev Bras Enferm 2020 73 Suppl 2 e20200434 16. Dal’Bosco EB, Floriano LS, Skupien SV, Arcaro G, Martins AR, Anselmo AC. Mental health of nursing in coping with COVID-19 at a regional university hospital. Rev Bras Enferm. 2020;73(Suppl 2):e20200434. 17 Silva FV Nursing to combat the COVID-19 pandemic Rev Bras Enferm 2020 73 Suppl 2 e2020sup2 17. Silva FV. Nursing to combat the COVID-19 pandemic. Rev Bras Enferm. 2020;73(Suppl 2):e2020sup2. 18 Sant’Ana G Imoto AM Amorim FF Taminato M Peccin MS Santana LA Infection and death in healthcare workers due to COVID-19: a systematic review Acta Paul Enferm 2020 33 eAPE20200107 18. Sant’Ana G, Imoto AM, Amorim FF, Taminato M, Peccin MS, Santana LA, et al. Infection and death in healthcare workers due to COVID-19: a systematic review. Acta Paul Enferm. 2020;33:eAPE20200107. 19 Lopes CH Jorge MS Interacionismo simbólico e a possibilidade para o cuidar interativo em enfermagem Rev Esc Enferm USP 2005 39 1 103 108 19. Lopes CH, Jorge MS. Interacionismo simbólico e a possibilidade para o cuidar interativo em enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2005;39(1):103-8. Original Article The novel COVID-19: impacts on nursing professionals’ mental health? 0000-0002-7374-011X Queiroz Aline Macêdo 1 0000-0001-8534-1960 Sousa Anderson Reis de 2 0000-0003-2474-1949 Moreira Wanderson Carneiro 3 0000-0002-4974-0611 de Sousa Nóbrega Maria Do Perpétuo Socorro 3 0000-0003-4137-7915 Santos Milena Bitencourt 2 0000-0002-2313-1201 Barbossa Laura Jennifer Honorato 1 0000-0003-0750-8379 Rezio Larissa de Almeida 4 0000-0002-2522-1948 Zerbetto Sonia Regina 5 0000-0002-1662-4139 Marcheti Priscila Maria 6 0000-0002-4322-3701 Nasi Cíntia 7 0000-0002-9973-0948 Oliveira Elda de 8 1 Belém PA Brazil Nursing Faculty, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brazil. 2 Salvador BA Brazil Nursing School, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brazil. 3 São Paulo SP Brazil Nursing School, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. 4 Cuiabá MT Brazil Nursing Faculty, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brazil. 5 São Carlos SP Brazil Department of Nursing, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brazil. 6 Campo Grande MS Brazil Nursing Faculty, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS, Brazil. 7 Porto Alegre RS Brazil Nursing School, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil. 8 São Paulo SP Brazil Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brazil. Corresponding author Aline Macêdo Queiroz, E-mail: alinemacedo@ufpa.br Conflicts of interest: nothing to declare. Collaborations Queiroz AM, Sousa AR, Moreira WC, Nóbrega MPSS, Santos MB, Barbossa LJH, Rezio LA, Zerbetto SR, Marcheti PM, Nasi C and Oliveira E collaborated with the design, writing, relevant critical review of intellectual content and approval of the final version to be published. Abstract Objective: To understand mental health impacts on nursing professionals in the face of interactions with the novel COVID-19 pandemic. Methods: This is a qualitative cut, from the macrosearch “ Estudo VidaMenta/Covid-19 ”, carried out with 719 nursing professionals residing in Brazil. Data collection was performed in a virtual environment using the snowball technique. For methodological analysis, the Discourse of the Collective Subject was used and for theoretical and philosophical interpretation, Symbolic Interactionism elements were used. Results: The collective discourse showed that nursing professionals’ mental health was affected by: interactions with the ‘new’ with the elaboration of meanings attributed to the pandemic; interactions with nursing care related to patient care; interactions with work demarcated by professional and institutional relationships. Conclusion: The findings confirm that there are impacts on nursing professionals’ mental health in the COVID-19 pandemic context that manifest themselves through the interaction with the ‘new’. In this interaction, they bring the advent of ‘pandemic nursing care’, permeated by specificities that have emerged and presents a possibility of changing the paradigm for nursing training guidelines, in technological advances in teaching and learning and in professional practice. Keywords Pandemics Coronavirus infections COVID-19 Mental health Nurses practitioners Introduction The COVID-19 pandemic is considered the biggest public health emergency faced by the international community in decades.(1,2)The rapid and high dissemination of SARS-CoV-2 changed the population’s daily life and affected health work, with expressiveness for nursing, causing psychosocial repercussions.(3,4) The COVID-19 pandemic was damaging to the death of 98 nursing professionals until May 8, 2020. To date, there were more than 3 thousand professionals infected by SARS-CoV-2, which, added to the suspected cases, exceed the mark of 11 thousand notifications reported to the Brazilian Federal Council of Nursing (COFEN) and with a large number of absences from work. From the data issued by COFEN, the number of nursing professionals who died in Brazil surpassed countries such as Spain, Italy and the United States.(5,6) As they are the largest contingent of the health workforce and are on the “front line” of assistance to COVID-19, nursing professionals were highlighted, migrating from a status of devaluation to that of hero. However, the mental illness of these professionals is recognized, with increased anxiety, fear and pain in the face of living with the death of patients and colleagues in the work environment, aggravated by the high risk of exposure to infection, transmission of the virus to family members, precarious working conditions, reduced social protection, job insecurity and lack of knowledge to deal with the ‘new’ and ‘unpredictable’.(7–9) Through the social interaction process present in the advent and extension of COVID-19, nursing professionals are experiencing significant impacts on mental health. Commitments have already been observed in the workforce, reflecting on the potential years lost, psychic disorder, post-traumatic stress.(10,11)In view of this worrying scenario, attention and surveillance must be enhanced by public agents, government officials and managers, in order to guarantee protection for life and health and establish effective actions to face the deleterious effects on mental health in this category.(11) Given this, the guiding question of this study was: how do nursing professionals interact with the novel COVID-19 pandemic and what are the impacts on mental health arising from this interaction? Thus, the study aims to understand the impacts on nursing professionals’ mental health in the face of interactions with the novel COVID-19 pandemic. Methods This is a qualitative approach, a macrosearch “ Saúde mental de profissionais de enfermagem do Brazil - Estudo VidaMental/Covid-19 ”, carried out with 719 nursing professionals residing in Brazil. The research was carried out in a virtual environment, using a Google Forms form, previously elaborated and validated by seven researchers with expertise in the area and a professional linked to the customer service with COVID-19. The questionnaire was composed of 41 closed questions about sociodemographic/occupational/health characterization and an open-ended question about feelings in the COVID-19 pandemic context, which was used for analysis in this article: Tell us about your experiences and feelings throughout the COVID-19 pandemic context. Data collection took place between April and June 2020, using the snowball sampling technique, which made it possible to perform consecutive recruitment of participants for the study, to reach the initial samples and the subsequent sample waves. For recruitment, it made use of publicity on Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp and emails. Previously to analysis, the questions were checked for duplicity and incompleteness. Of the total seized, five were discarded for the reasons mentioned above. As it is data obtained from digital tools, participant identification was preserved. Thus, no personal data that generated individual exposure was requested. Moreover, security criteria and virtual data protection were introduced, based on the use of codes, folder zipping and manipulation on devices protected by passwords. The sample was intentional and five steps were adopted: registration of raw data, immersion in data, allocation of themes with the saturation grid construction, in which the main elements of the speech were listed and the recurrence of information as saturation criteria was observed theoretical, due to the high number of responses from the matrix research. Therefore, we use line-by-line reading, search for data co-occurrence, convergence, complementarity and theoretical density.(12)It is known that data theoretical saturation occurred from the collection of responses collected in June 2020. Regarding the sample selection, nursing professionals, residing in Brazil, experiencing the COVID-19 pandemic were included. Professionals traveling internationally and/or in transit between Brazil and other countries during the data collection period were excluded. Thus, with regard to theoretical saturation, it was used when analyzing the findings revealed after processing with IRaMuTeQ®, a collaborative resource for systematizing the data that identified frequency of words, a process that was guided by the Discourse of the Collective Subject (DCS) method. When using DCS as a basis, we identified the Key Expressions and Central Ideas of a collective representation.(13)Thus, the use of DCS made it possible to recognize the analytical categories through the method premises. Furthermore, the analyzed data were interpreted by the fundamentals of Symbolic Interactionism (SI),(14)which has as a paradigm people and their insertion and interaction with/in the social world. From localizing Central Ideas, we sought to seize the anchorages, which were interpreted in the light of SI, from its essential premises. Categorization is represented in the infographic made using the Coggle®tool. For categorization, line-by-line reading, apprehension of co-occurrences, convergences and complementarities were taken as a basis, which were guided by the DCS method. The COREQ criteria(15)were adopted and the study met all national and international standards of ethics in research involving human beings. Results Nursing professionals, nurses and nursing technicians who worked in direct assistance (65.6%), with an average professional training time of 14 years and residents in the five regions of Brazil participated in the study. Most were women (87.1%), 626, and were aged between 25 and 45 years old, married, 292, (40.6%) and white race/self-reported color, 343 (47.7%). The collective discourse showed that nursing professionals’ mental health was affected by interactions with the ‘new’, arising from the COVID-19 pandemic. The collective representation of speeches elaborated of the meanings attributed by participants to terms/words were: pandemic, coronavirus, COVID-19, exposure, suspect, patients, care, professionals, institutions, sectors, doing and work process, not restricted only to the pandemic itself, but everything that comes from the historical process of their interactions in daily work, presented in speeches-syntheses that are anchored in their respective central ideas. According to Figure 1 , the work of nursing professionals is central to their reports and articulates with the requirements and needs for the exercise of patient care, as well as exposing the interfaces of “how” professional action takes place in the context of deficiencies and not protection of the pandemic situation. Figure 1 Similitude tree with the words most evoked by nursing professionals The structure of the categorization of the findings expressed in the synthesis speeches and their Central Ideas are shown in Figure 2 . Figure 2 Structuring the analytical categories of the Discourse of the Collective Subject of the investigated phenomenon Speeches-synthesis 01: Interaction with the ‘new’ The interaction with the pandemic and COVID-19 context emerged in the collective discourse and demonstrated the specific character of nursing performance in Brazil, not experienced in this century. In this interaction, when advancing knowledge about the virus and the new disease, nursing professionals found the complexity of virulence and experienced the difficulty of dealing with the ‘new’, which triggered negative feelings: “[…] unfortunately, we are dealing with a unique situation, with a new virus and, as a health professional on the “front line”, I am apprehensive, scared and desperate in the face of new events related to COVID-19. The virus is devastating, I feel insecure, vulnerable and small to face COVID-19. Even looking for knowledge about the disease, the contagion and the care to be performed at work, I feel powerless.” (DCS). The meanings were constituted in social interactions with peers in the professional environment and are anchored in the fear of ‘exposure’, due to job insecurity, the lack of training to deal with the unprecedented and, fear of the continuing profession devaluation: “[…] I am exposed to many hours of work with patients with COVID-19. There is a lack of job security and training. I feel unprepared, we don’t know how to care for patients with COVID-19 and whether the protective measures are being carried out properly. The pandemic emerged in the year of nursing valorization, but we are suffering without knowing if we will be forgotten again when everything is over.” (DCS). The pandemic led to the adoption of new attitudes and behavioral changes both for the protection of professionals themselves and their family as well as measures of economic containment: “[…] I had to isolate myself at home, in a separate room and have to adopt more stringent hygiene care before and after work. I also started to take safety measures to be able to continue working. I sought to help the neediest people, save on water consumption, avoid wasting food and organize finances.” (DCS). In the interaction between the nursing professional and the ‘suspect’ of contamination by COVID-19, whether patient or professional, the symbolic imagery of the pandemic was constructed, which is permeated by contradictions between fear of contact and satisfaction in providing care. The novelty of the context experienced by the category generates a multiplicity of sensations that reveal the “unspoken”, expressed in metaphors to name what they do not know or do not know how to describe: “[…] nursing will be the “soul” of care in this new situation, it has also left me at the bottom of the well, making me feel like a “robot” and “trash”. Assisting suspected and confirmed COVID-19 patients generates several sensations. On the one hand, I feel grateful to be working, to contribute professionally. On the other hand, I feel apprehension, frustration, impotence and anger at living with the uncertainty of not knowing who is a suspect for the coronavirus, be it patients, co-workers and even myself.” (DCS). Speeches-synthesis 02: Interaction with nursing care The interaction of nursing professionals with patients in providing care is permeated by feelings of fear towards those who are sick/suffering; for ignorance of the disease, which causes refusal to assist and excessive emotionality; for fear of forgetting protection and security procedures and techniques; for not being instrumentalized for care; for fear of being on the “front line” of patient care: “[…] the direct relationship of being on the “front line” terrifies me and generates fear for the “new” and for not knowing what may happen in the near future. Many co-workers were hysterical, some even refused to see COVID-19 patients. I work in direct assistance to patients, but I am afraid every day, afraid of forgetting the rules and protocols for care, afraid of becoming ill and of contaminating someone, such as family members, and the fear of not doing my job.” (DCS). In this symbolic interactional field, the relationship between providing care to patients with COVID-19 and feelings of distress before the possibility of changing from being a professional to patients, given the risk of contamination, death and convalescence of co-workers, reveals situations of emotional and physical overload of these professionals who provide care in a pandemic context that deprive them of fulfilling their basic needs: “[…] service involves a professional activity with high contact and exposure, and many colleagues needed to leave work for being with COVID-19. Others even died, which creates physical and emotional apprehension and exhaustion. I care about caring for patients with COVID-19, I dedicate myself intensely, I try to do the best, but there are times that I fear becoming ill and becoming patient. I can hardly ever stop to drink water and use the toilet. I spend many hours with PPE, without having an adequate place to bathe after the shift, attire and unattire and still deal with work overload. I have little confidence in improvements to the nursing profession.” (DCS). The interaction of nursing professionals with the population when providing care with/in the pandemic was permeated by the recognition and notoriety of the professional category in care production. However, the reports also point out situations of violence, discrimination, stigma and disrespect for social isolation by the population, which hinder professional practice: “[…] patient care is compromised because I have been experiencing moments of anguish. I suffer aggressions, I witness the lack of empathy of many patients and family members, who do not recognize the challenge faced. Living with violence has been closer/more frequent with the pandemic. People react negatively to working with COVID-19. I am thrilled with the recognition, but saddened by discrimination, lack of love, compassion and the non-fulfillment of social isolation, which makes nursing work even more difficult.” (DCS). In the interactions of nursing professionals with the patient when providing care during the pandemic context, there is satisfaction and a sense of accomplishment, in addition to the adoption of new ways of working: “[…] there is also the feeling of pleasure, of accomplishment, in being able to provide assistance to patients who need and count on me so much. Now I also work with the call center, which is new, but I’m having contact.” (DCS). Speeches-synthesis 03: Interaction with daily work When the adverse situations generated by the pandemic start to influence nursing professionals’ work, especially in the context of the category’s relationship with health institutions and work sectors, related to organizational interference and irresponsibility that do not guarantee professional security to provide quality care, feelings of dissatisfaction emerge due to the lack of emotional/psychosocial support/embracement: “[…] even the transformation brought about by the pandemic had to deal with the lack of a mask, how to act on the “front line” with these conditions? There is a lack of management at work, because in addition to assisting, I still have to train employees who have never worked in assistance and this overloads me and affects the quality of care. Irresponsibility to deal with the high number of cases of the disease, and lack of psychological support.” (DCS). The relationship with the work sectors is permeated by unexpected changes in jobs for the performance of different and new assignments, swift reappropriation of new knowledge, which transformed the work routines, prioritizing other demands arising from COVID-19: “[…] I had to take care of critically ill patients who needed to be admitted to the Intensive Care Unit, even without having been trained and never having worked in that sector. Training was quick and superficial and many newly hired people were summoned to work. I need to deal with the challenges of teamwork, with the arrival of countless patients with COVID-19, creating gaps in care. I had to prioritize the care of patients in critical situations. There were transformations in work routines, service schedules and social distance.” (DCS). By symbolically analyzing the interaction of nursing professionals with the sectors and working conditions to which they are submitted with COVID-19, they intensified work problems. The professional category lived with breakdowns, inadequacies, alteration of routines, scarcity of materials, work overload and unhealthy conditions, aspects that triggered insecurity and impacted psychosocial well-being: “[…] I had to deal with unhealthiness, increased exposure to coronavirus contamination, and increased length of stay at work. These institutional problems are not new, the ‘new’ is the arrival of COVID-19, which has intensified the lack of decent working conditions and not paid attention to professionals. It is a new and difficult scenario. It is humanly impossible for a nursing professional alone to care for twenty patients, without a complete team and with insufficient materials. It afflicts me, it generates impotence, dissatisfaction and there is no financial and social recognition.” (DCS). Insecurity in the workplace caused by the pandemic brought feelings of anxiety, anguish, decision conflicts, hopelessness, dissatisfaction and constant experience of fear, which are often not valued by peers themselves: “[…] the work environment has become a place of fear of contamination, which “goes round” and worries at all times. We are at risk, there is no testing. There is anguish, insecurity and fear. I have been experiencing anxiety attacks and depression, but I hide it. This has contributed to a “picture” of fear and panic at work. The negative comments coming from the professionals themselves, shakes, discourages and discourages. When I need to rely on psychological support, I am labeled as crazy, mainly by the coordinators, which makes me feel like “trash”“. (DCS). Discussion This study has as a limitation the fact that data collection was conducted virtually, which made it impossible to employ more questions that would guide the deepening of the meanings of the investigated object. However, the relationship established by nursing professionals in the interaction with the novel pandemic was apprehended, the meanings attributed to the new work reality constituted in interactions with patients, COVID-19 and their peers and the evidence of impacts on mental health of this category inserted in a different social world. The findings reveal the impacts on nursing professionals’ mental health before the interaction with the fear of the novel pandemic. It was clarified that the meanings and social actions are permeated by fear. The challenge in the professional coping with the unknown and the outbreak of anxiogenic and depressive signs were recognized. Interactional phenomena were found that are composing the new pandemic scenario and its influences in the face of professional suffering. These revelations are corroborated by literature,(3,4,13,14)greater attention and vigilance should be directed by managers, coordinators, educators in service, psychosocial support teams towards nursing professionals, who are intimately dealing with the new contexts that emerged from the COVID-19 pandemic. When evidencing the interaction with the ‘new’, it was noticed that the meaning that the professionals attributed, even though they seem individual and particular to the self dimension, is occurring through the interrelations and interactions with the previous repertoires and with the new phenomena.(12)Thus, it is important to pay attention to the impacts caused by interactions with new phenomena and causing disruptions to the mental health situation of nursing professionals in the face of doing in the collective work. When nursing professionals are faced with the novel pandemic, they are driven to move from a common place and interact(12)with the context of COVID-19. In the professional interaction with the ‘new’ nursing care, meanings and senses were transversalized by the ambiguities that mark the position of exercising the profession and being vulnerable, which causes direct and continuous impacts on mental health. Nursing professionals, as social actors, in a given interaction with the ‘new’, express “covert activities” that are present in the “external behavior”, symbolized by phenomena such as “exposure”, “suspect” and “patient”, mobilizing the impacts on professionals’ mental health.(12) High transmissibility and the urgency to adopt measures that promote the safety of professionals who provide assistance place them in a scenario that integrates greater support of care, translated into greater exposure and high risk of contamination.(15,16)In this regard, professionals experience feelings of fear, uncertainty and insecurity in the provision of care at high and constant levels. The impacts on nursing professionals’ mental health revealed, in convergence with the premises of SI,(12)seem to be permeated by particularities, and/or that elucidate that they occur restricted to the care work environment. The vigilant look at the particularities existing in the interaction with the novel pandemic context, such as those evidenced in this study, will allow the adoption of collective measures that are effective in protecting nursing professionals’ mental health. In the context of interaction with daily work, involvement with the ‘new’, with institutions, sectors, with doing and with the work process, the discourse revealed that nursing professionals, the pre-existing degradations in the profession of low valuation and precariousness were strongly impacted by new degradations, which overlap and sometimes mischaracterize their actions, as reinforced in literature.(5,15,16)Realities that expose them to even more inappropriate working conditions, and take away the guarantee of achieving well-being at work and, consequently, psychological well-being, given that the scientific literature has already pointed out the secondary impacts such as post-traumatic stress disorders.(3,5) The symbolic place can be recognized in objects, languages, symbols, as seen in the “sectors”, “work process” phenomena, which are influenced by interpretive processes, in the unfolding of social weaving,(12)such as media communication about the pandemic and the relations with nursing practice. Complaints made by the category that show stressful working conditions and the potentiation of the experienced physical and mental exhaustion stand out.(16) The concreteness of the discursive data evidenced in this study exposed the production of suffering experienced by the professional category of nursing. The meanings attributed by the investigated category explain the deleterious effects on psychosocial well-being and at work and the negative repercussions in different dimensions of life, which needs attention, vigilance, monitoring and the creation of effective strategies that can guarantee the protection of human integrity and the maintenance of professionals’ quality of life and health status/condition.(10,11)In view of this scenario, an integrative nursing care that considers symbolic dimensions in the social context deserves to be considered.(17,19)Programs to promote mental health care need to be implemented and strengthened. Screening for and monitoring the mental health problems of nursing professionals needs to be carried out. Accurately knowing the novel COVID-19 pandemic promotes more possibilities of directions for the conduct of nursing practice as well as the establishment of protective actions in the context of work. Furthermore, it makes it possible to qualitatively guide the instrumentalization of nursing professionals to adopt the most appropriate coping strategies, given their availability, access and possibilities. It is worth mentioning that this study draws attention to the need to support the nursing category and establish strategies to expand professionals’ work. It is also noteworthy that the findings bring the advent of ‘pandemic nursing care’ permeated by specificities that emerged with the novel COVID-19, presenting a possibility of changing the paradigm for nursing training guidelines, in technological advances teaching-learning and professional practice, in the ethical and legal regulation of nursing. It also includes reorganizing the nursing work process, institutional structuring, the emergence of new clinical investigations, diagnostic formulations and specific lines of research. The contributions of this study to practice are expressed through proposing advancing scientific nursing knowledge and its direction in the context of mental health that lead to a new look at the possibilities of implementing actions that minimize impacts, guarantee protection, integrity and human dignity and the improvement of working conditions, even more emergency in this scenario. Conclusion The collective discourse of nursing professionals showed that there are impacts on mental health caused by the interaction with the novel COVID-19 pandemic and are made up of elements that occurred in the interaction, which also overlap with those already experienced previously, namely: the ‘new’, coronavirus, COVID-19, outbreak of negative feelings, the vulnerabilities in professional practice - weaknesses in instrumentalization/technical execution, risk of contamination, exposure for being on the “front line”, failures in security, approaching death, fear, job insecurity and lack of emotional and psychosocial embracement/support. The findings alert to the need to support the category with regard to psychosocial issues, training, technological advances in teaching-learning and professional practice, ethical/legal regulation, work organization, strategies to expand qualified performance and protected in critical and emergency scenarios such as a pandemic. Acknowledgments To the National Council for Scientific and Technological Development (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Ministry of Science, Technology, Innovations and Communications (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Ministry of Health (Ministério da Saúde do Brasil). Call MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit No. 07/2020 – Research to confront COVID-19, its consequences and other severe acute respiratory syndromes, Process No. 4011002020. Erratum In the article published in Acta Paul Enferm. 2021; 34:eAPE02523, Queiroz AM, Sousa AR, Moreira WC, Nóbrega MP, Santos MB, Barbossa LJ, et al; “The novel COVID-19: impacts on nursing professionals’ mental health?”, the authors requested to publish the following erratum: Acknowledgments To the National Council for Scientific and Technological Development (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Ministry of Science, Technology, Innovations and Communications (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Ministry of Health (Ministério da Saúde do Brasil). Call MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit No. 07/2020 – Research to confront COVID-19, its consequences and other severe acute respiratory syndromes, Process No. 4011002020.
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