Resumo
Objetivo
Analisar a qualidade da Transição do Cuidado de idosos que receberam alta do hospital para casa.
Métodos
Estudo observacional transversal, realizado com 156 idosos, após internação em hospital público, localizado no município de Piracicaba, estado de São Paulo. Os dados foram coletados em prontuário eletrônico do paciente e por ligações telefônicas com idosos, seus familiares e/ou cuidadores, até quatro semanas após alta hospitalar. Foram utilizados questionário com dados sociodemográficos e instrumento Care Transitions Measure, versão validada para o Brasil.
Resultados
A duração média da última internação foi de 8,27 dias causada, majoritariamente (72,44 %) por COVID-19 e 75% dos idosos apresentaram entre 1 e 3 comorbidades, sendo a hipertensão arterial sistêmica (57,7%) a mais frequente. A média de escore do CTM 15 - Brasil foi 68,6. O Fator 1 – Preparação para o autogerenciamento obteve o maior escore (70,5) e o Fator 4 – Plano de Cuidados, o menor (59,14). Houve correlação positiva entre os 4 fatores do Care Transitions Measure, também entre estes fatores e do número de medicamentos utilizados para tratamento dos idosos, de acordo com a Classificação Anatômica Terapêutica Química.
Conclusão
Evidenciou-se a qualidade da Transição do Cuidado no hospital, próxima do valor considerado satisfatório, sendo dois dos quatro fatores com pontuação maior que 70; entretanto há necessidade de adoção de estratégias para melhorar o processo de alta do hospital para casa, principalmente, no que se refere a preferências asseguradas e plano de cuidado dos idosos.
Cuidado de transição; Transição para assistência do adulto; Idoso; Alta do paciente; Continuidade da assistência ao paciente