Resumo
Objetivo:
Analisar o conhecimento cognitivo, a satisfação e a autoconfiança de estudantes de enfermagem a partir do uso da simulação no ensino de consulta de enfermagem em vacinação no contexto da enfermagem comunitária.
Métodos:
Estudo de intervenção, quantitativo, compreendido em duas fases. Foi utilizado o delineamento quase-experimental de grupo controle não equivalente do tipo pré-teste e pós-teste. Foram respeitados todos os aspectos éticos. A amostra final foi composta por 94 estudantes de enfermagem portugueses. Os estudantes foram alocados em dois grupos: controle e experimental. O grupo controle teve acesso a uma aula de habilidade tradicional. O grupo experimental participou de uma sessão de simulação com dois casos. Além da caracterização sociodemográfica, os estudantes responderam a um pré-teste e pós-teste para aferir o desempenho cognitivo. Além disso, foi aplicada uma escala de satisfação e autoconfiança na aprendizagem. Adotou-se um nível de significância de 5%.
Resultados:
Dos 94 estudantes, (95,7%) são do sexo feminino, com faixa etária entre 18 e 20 anos (91,5%), solteiros (98,9%), sem vínculo laboral (94,7%). A partir da simulação clínica os estudantes aprendem mais quando comparado aos estudantes que participaram da estratégia tradicional (p valor = 0,000). Além disso, a simulação clínica promove satisfação entre os estudantes.
Conclusão:
Por ser uma estratégia de ensino e aprendizagem que permite um melhor desempenho cognitivo, por gerar satisfação nos estudantes, a simulação clínica pode ser apontada como uma estratégia potencial para o ensino em enfermagem comunitária.
Descritores
Simulação; Ensino de enfermagem; Atenção primária à saúde