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Repercussões da violência obstétrica no processo de amamentação: análise sob a ótica racial

Repercusiones de la violencia obstétrica en el proceso de lactancia: análisis bajo una óptica racial

Resumo

Objetivo

Analisar a associação entre aleitamento materno exclusivo e experiência de violência obstétrica segundo raça/cor autorreferida.

Métodos

Este foi um estudo observacional, transversal, descritivo e analítico com coleta de dados online de novembro de 2020 a fevereiro de 2021. Para análise dos dados, foi usado o software R (v. 4.0.4) e considerado o nível de significância de 5% (p<0,05).

Resultados

A amostra foi composta por 241 mulheres que atenderam aos critérios de inclusão. A maioria delas (88,8%) sofreu violência obstétrica. Entre elas, 29,0% eram negras e 71,0% não negras. Quando responderam ao questionário, 70,1% daquelas que sofreram violência obstétrica afirmaram estar em aleitamento materno exclusivo. A associação entre violência obstétrica, aleitamento materno exclusivo e variável raça/cor não apresentou resultado estatisticamente significativo (p=0,822).

Conclusão

Não foi encontrada associação estatística comprovando as repercussões de violência obstétrica no processo de amamentação. Sugerimos novas pesquisas sobre o tema que considerem a ótica racial e a interseccionalidade. Sugerimos também educação continuada e permanente aos profissionais para melhorar a prática e ampliar o conhecimento adquirido entre as mulheres.

Violência obstétrica; Aleitamento materno; População negra; Fatores raciais

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