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Analgesia neuroaxial no trabalho de parto: efeitos sobre desfechos maternos e neonatais

Anestesia neuroaxial en el trabajo de parto: efectos sobre desenlaces maternos y neonatales

Resumo

Objetivo

Comparar os desfechos maternos e neonatais de mulheres que usaram e não usaram analgesia neuroaxial durante o trabalho de parto.

Métodos

Estudo transversal comparativo, documental, com coleta retrospectiva de dados, realizado em uma maternidade terciária de referência no Ceará. O tamanho da amostra foi calculado pela diferença entre duas proporções: partos vaginais com e sem analgesia, sendo 130 mulheres para cada grupo, totalizando 260 prontuários. A coleta de dados ocorreu entre julho de 2019 e fevereiro de 2020. Foram usados os testes t de Student, U de Mann-Whitney, qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher e o programa IBM SPSS.

Resultados

O grupo com analgesia apresentou maior média de consultas pré-natal (8,24; p<0,001), maior exposição à indução (74; 56,9%; p<0,001), com uso de ocitocina (57; 43,8%; p<0,001), maior duração do trabalho de parto ativo (média: 392 min; p<0,001) e do período expulsivo (média: 85,3 min; p<0,001), maior frequência de episiotomia (7; 7,9%; p=0,03), de parto cesárea (41; 31,5%; p<0,001), e pariram bebês mais pesados (média: 3,28 kg; p=0,007).

Conclusão

O uso de analgesia está associado à maior frequência de intervenções obstétricas, bem como ao aumento na duração do trabalho de parto. Quanto aos desfechos neonatais, o grupo com analgesia pariu recém-nascidos mais pesados; além disso, não foi observada associação com o escore de Apgar, nem encaminhamentos para unidades de risco.

Analgesia obstétrica; Analgesia; Trabalho de parto; Enfermagem obstétrica; Promoção da saúde

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