RESENHA
Ressuscitação cardiopulmonar: novas diretrizes de atendimento
Cássia Regina Vancini CampanharoI; Rita Simone Lopes MoreiraII; Ruth Ester Assayag BatistaIII
IEnfermeira Especialista. Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil. Mestre em Enfermagem. Hospital São Paulo - São Paulo (SP), Brasil
IIDoutora em Enfermagem. Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil
Autor Correspondente Autor Correspondente: Rita Simone Lopes Moreira e-mail rita.simone@unifesp.br
As mudanças nas Diretrizes da American Heart Association foram publicadas em 2010(1) e contêm as melhores recomendações para o tratamento das emergências clínicas, para os primeiros socorros, no suporte básico de vida e no tratamento avançado. A cadeia de sobrevivência foi acrescida de um novo elo, a realização de cuidados pós-reanimação cardiopulmonar (RCP) organizados, visto que indivíduos gravemente doentes precisam de um plano assistencial multidisciplinar para cuidar das diversas alterações apresentadas. A sobrevivência das vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR) depende da qualidade das compressões torácicas externas (CTE); por isso, sua sequência foi alterada para minimizar atrasos no início e as interrupções. Assim a sequência A-B-C (airway-breathing-chest compressions), mudou C-A-B (chest cofnpression-aifway-breathing). Além disto, são determinantes importantes a frequência e a profundidade das CTE que devem ser realizadas no mínimo 100 compressões por minuto, com profundidade de 5 cm comretorno total do tórax à posição original. Segundo esta, a solicitação do Serviço Médico deve ser feita, após a detecção da inconsciência e da ausência de respiração adequada. O uso da monitorização da capnografia quantitativa contínua tem sido recomendada para confirmação da localização do tubo endotraqueal e da monitorização da qualidade da RCP. O uso de atropina não é mais recomendado para pacientes com atividade elétrica sem pulso e assistolia. Recomenda-se então a hipotermia terapêutica, visto que esta tem se mostrado benéfica na recuperação neurológica pós-RCP.
A atualização do conhecimento dos profissionais é fundamental, para que estes possam fornecer Suporte Básico e Avançado de Vida com qualidade, baseados nas melhores evidências científicas para os pacientes com PCR, possibilitando que os mesmos retornem à sociedade com boa capacidade funcional.
Artigo recebido em 29/08/2011 e aprovado em 07/11/2011
- 1. Field JM, Hazinski MF, Sayre M, Chameides L, Schexnayder SM, Hemphill R, et al. Part 1: executive summary: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation. 2010; 122(18 Suppl 3):S640-S6.
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Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
12 Jul 2012 -
Data do Fascículo
2012