RESUMO
As redes sociais são lugares de exibição de fotografias amadoras e campo de experimentação artística. São também dispositivos que impactam a subjetividade e a democracia, beneficiando interesses do neoliberalismo, e que geraram um novo capítulo na história da fotografia, a selfie , cujo estudo exige uma metodologia interdisciplinar. Este artigo propõe que a selfie remete à auto-objetificação. Esta hipótese é investigada referindo-se à teoria da fotografia de Philippe Dubois, a conceitos da psicanálise e a diagnósticos de Achille Mbembe e Giorgio Agamben sobre os efeitos do capitalismo avançado na subjetividade. Por fim, analisa a selfie nas obras de Amalia Ulman, Aleta Valente e Cindy Sherman, discutindo os limites das redes sociais como lugar de circulação da obra de arte.
Fotografia; Selfie; Neoliberalismo; Democracia; Subjetividade