RESUMO
Às vésperas de seu centenário, a Semana de Arte Moderna, ocorrida em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, se torna definitivamente uma efeméride nacional. A história dessa consagração, porém, é tortuosa e escrita por diferentes frentes de ação. Quase cem anos depois do evento - narrado pela sua fortuna crítica como, paradoxalmente, origem e destino da arte brasileira no século XX - sua força centrípeta paulistana e seu corte de classe colocam o arquivo modernista frente a novas perguntas e respostas sobre os impasses do Brasil contemporâneo. O artigo apresenta outros momentos em que o modernismo é questionado em sua excessiva “força fatal” e como, mesmo assim, se estabelece enquanto possibilidade transformadora de refletirmos sobre o país.
PALAVRAS-CHAVE:
Modernismo; Semana de Arte Moderna; Memória, História