Resumo
O autor estende a noção de objeto teórico de Louis Marin a fim de promover a interposição de elementos anacrônicos entre si, a saber, a obra de Sandro Botticelli e os Parangolés criados por Hélio Oiticica. Tal associação permite ao autor traçar certas similitudes, hipótese que denomina Parangolé-Botticelli e que pretende, antes de tudo, tecer uma reflexão sobre a arqueologia das ilusões modernas. Sendo assim, se de um lado as imagens de Botticelli comunicam uma Antiguidade para além da própria Antiguidade, os Parangolés de Oiticica falam de uma arte para além da modernidade neoconcreta com a qual o artista fora envolvido.
palavras-chave:
Hélio Oiticica; Parangolés; Aby Warburg; forma transicional