Resumo
A interpretação do passado e a compreensão do presente assentam na abordagem da escrita da História e no estudo aprofundado dos contextos de um campo multidisciplinar. Através de uma metodologia analítica sobre a obra da brasileira Adriana Varejão e da portuguesa Joana Vasconcelos, propomos como objetivo demonstrar a sua relação com o feminismo pós-colonial e ocidental, respectivamente, operando em termos de interseccionalidade, segundo dois contextos geopolíticos e situações de dominação distintos. Concluímos que, embora Varejão expresse explicitamente uma história de violência de gênero ligada aos processos de colonização e miscigenação brasileira e Vasconcelos direcione seu discurso para o binarismo eurocêntrico, ambos mostram certa desestabilização da função unificadora típica da historiografia tradicional.
Palavras-Chave:
Contra-história; Geopolítico, Interseccionalidade; Adriana Varejão; Joana Vasconcelos